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Cinco navios desfilam pelas praias de Natal neste domingo

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Sara Vasconcelos
Repórter

O principal programa de domingo do natalense – a praia –  terá uma atração a mais, sobretudo para aqueles que gostam de navios, em especial os de guerra.  O litoral urbano servirá de passarela para a 1ª Parada Naval de Natal, que ocorre amanhã, dia 4,  promovida pelo 3º  Distrito Naval de Natal. O desfile da frota acontece dentro da programação da Semana da Pátria, em comemoração a Independência do Brasil.
Navios iniciam desfile às 9h30, na Base Naval da capital, e passam pelas praias do Meio, Areia Preta, Via Costeira e Ponta Negra
Cinco navios percorrerão o trecho entre a praia da Redinha e a praia de Ponta Negra, a partir das 9h30. Os navios partirão da Base Naval de Natal neste horário e poderão ser vistos a partir das 9h50 na orla da Praia do Forte, de onde seguirão para a Praia da Redinha, com chegada prevista para às 10h15. A previsão é que  às 10h45 navegue pela Praia do Meio, Areia Preta às 11h, até a praia de Ponta Negra, onde devem chegar por volta de 11h30.  Os navios não serão abertos a visitação.

“É a primeira vez que realizamos a parada, para mostrar parte  das embarcações empregadas em ações de salva-guarda, segurança nas navegações e prevenção a poluição hídrica, desde Alagoas ao Ceará”, observa o comandante Cléber Ribeiro da Silva. O 3º Distrito Naval de Natal abrange os estados de Ceará, Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte.

O comandante do rebocador de alto-mar Triunfo, capitão de corveta Michael Bilac Barbosa de Oliveira, conta que a embarcação – com autonomia de 45 dias no mar, devido a capacidade de armazenamento de água e óleo, que será apresentado durante a Parada – é usada em missões de patrulhamento, socorro de pessoal e salvamento de embarcações e materiais, além de apoio logístico em operações maiores. “Além dos resgates inusitados, como temos autonomia auxiliamos, também, no abastecimento de outras embarcações”, afirma o comandante.  Com1.812 dias no mar, o Triunfo foi usado também nas buscas pelo corpo de Ulisses Guimarães. O deputado, então candidato a presidente da República, Ulisses Guimarães faleceu vítima de um acidente na região de Angra dos Reis, em 12 de Outubro de 1992, quando o helicóptero em que viajava caiu no mar.

Apesar de não haver operações, o navio se mantém guarnecido e operando diariamente.

Além do Rebocador, o desfile contará com três Navios-Patrulhas Graúna, Goiana e Grajaú e um navio Aviso de Patrulha Anequim – usados no Programa Salva-mar Nordeste, que fiscaliza e protege cerca de 4 milhões de quilômetros até o limite com o continente africano.

“É uma grande satisfação para  nós, marinheiros, o resgate de tripulantes, quando podemos devolver pessoas às suas famílias”, observa Cleber Ribeiro.

Os navios patrulhas são usados em rondas ostensivas com o intuito de combater crimes no território marítimo. A tripulação de cerca de 30 pessoas do Patrulha Goiana está sob comando do capitão Luiz Francisco Calheiros Barbosa da Cunha. “O uso do mar tem uma legislação específica e atuamos no combate de crimes, como invasões, contrabando, tráfico de ilícitos. A embarcação é equipada por metralhadores de 20 mm e um canhão de 40 mm, com capacidade para 900 e 300 tiros por minuto, respectivamente. Além de dispor de tecnologia de ponta AIS, que permite a informação instantânea do tráfego marítimo, o que atribui maior segurança na navegação.

As embarcações foram usadas, inclusive nas operações de busca e  resgate ao avião da Air France, que caiu no mar em maio de 2009. O voo 447 fazia o trajeto Rio-Paris e caiu no Atlântico, matando 228 pessoas.

Distrito Naval constrói lanchas escolares para região Norte

No cais da Base da Marinha do Rio Grande do Norte, a fileira de embarcações amarelas e pretas chamam atenção. Ainda mais por não estarem atracadas no mar, mas a espera de embarcar rumo a região Norte do país. São lanchas escolares que serão usadas para  o transporte de milhares de alunos da rede pública de ensino de Manaus.

Com capacidade para 20 pessoas cada uma, as lanchas que fazem às vezes – e lembram – ônibus escolares são feitas em alumínio e recebem no casco preenchimento de garrafas pets, que além de garantir a flutuação, também reflete a preocupação ambiental.

No galpão instalado em meio as oficinas de manutenção e serviços as grandes embarcações, serão construídas 200 lanchas, das quais 100 já foram enviadas para o Manaus.  O transporte atenderá as escolas da zona ribeirinha da capital, banhadas pelos rios Negro e Amazonas.

As lanchas estão equipadas com motor de popa ecológico, com motor sobressalente, coletes salva-vidas, boias, extintores e também com seguro. E são doadas por meio do Programa Caminho da Escola, do Ministério da Educação em parceria com a Marinha do Brasil.

O comandante de mar-e-guerra Flávio Macedo Brasil, da Base da marinha/RN, destaca que além da geração de emprego e renda, o programa permitiu a inserção no Rio Grande do Norte da tecnologia de construção naval em alumínio.

“É uma ação pioneira no Estado uma vez que introduz uma tendencia na engenharia naval. Emprega mão de obra potiguar, que sai beneficiada num conhecimento que será usado a frente”, avalia o comandante de mar-e-guerra Flávio Macedo Brasil.

A oficina emprega 100 trabalhadores, entre militares e contratados, como a soldadora Roseane Batista Oliveira, 31 anos. “Fiz o curso o CTGás e há um ano estou trabalhando aqui”, disse.

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