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Classe média impulsiona vendas

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Jovens, de classe média, com dinheiro no bolso e à procura de sua primeira moradia. É assim que o mercado imobiliário potiguar define o perfil de seus clientes em potencial. Depois de enfrentar uma crise internacional – que afastou os investidores estrangeiros –  o “boom” de imóveis no Rio Grande do Norte continua sendo alimentado por uma faixa de renda especial: a classe C. E é esse público que tem movimentado o 10º Salão Imobiliário do RN, evento que está sendo realizado no Centro de Convenções desde a quarta-feira passada e prossegue até amanhã.

Os grandes indutores do atual momento são juros mais baixos e prazos mais longos, trazidos pelo programa Minha Casa, Minha VidaO sonho de ter seu primeiro imóvel é que impulsiona a classe média a comprar na opinião do diretor da Aliança Imobiliária, Luís Dias Macedo. Ele acrescenta que os grandes indutores para este novo momento são os juros mais baixos e prazos de financiamento mais longos, trazidos pelo programa Minha Casa Minha Vida. Isso permitiu que pessoas com rendas mais baixas entrassem em uma área de consumo antes ocupada apenas pelas classes A e B. “Antigamente, só comprava imóvel quem tinha dinheiro em espécie. Hoje se compra imóvel com renda, tendo as contas em dia para ter o financiamento aprovado”, explica.

E são essas facilidades que atraem cada vez mais um público de jovens solteiros – entre 20 e 35 anos – ou recém-casados a procurar o seu primeiro lugar para morar. As características dos imóveis variam, mas tendem a ser apartamentos (já que a Grande Natal vive um déficit de terrenos para construir) com áreas de 42 a 72 metros quadrados.

Macedo explica que o movimento de vendas não é observado apenas na classe C, apesar dela ser o carro-chefe do setor hoje. Enquanto eles sonham com a “casa própria”, a classe B pensa em melhorar seu padrão e a faixa de renda mais alta quer investir. Entre eles, o tamanho dos imóveis começa a partir de 120 metros quadrados.

Diretor comercial da construtora Ecocil, Caio Bento garante que é a classe média que mais procura imóveis hoje em número de unidades. “E esse interesse vai aumentar muito mais”. A empresária e diretora do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon RN), Larissa Dantas, diz que o mercado vivencia um movimento diferente. “O que a gente vê é que pessoas que não tinham acesso antes, não tinham o financiamento bancário em massa, agora podem comprar”.

Para Ocimar Damásio, organizador do Salão Imobiliário, o perfil de quem procura imóveis em Natal é muito eclético. Tanto que o Salão tem unidades que variam de R$ 55 mil a R$ 4 milhões. Mas ele concorda que é a classe média que mais movimenta o setor nesse momento. “A classe C é quem tem dinheiro hoje e mais quer investir. Tem carro 0km, quer ter casa, é quem compra 31% das passagens aéreas no país. Temos gente que vem para a feira de ônibus, mas chega para comprar um apartamento. É uma faixa de renda hoje poderosa”, analisa.

Serviço

Local: Centro de Convenções

Dias: Até 20 de março

Horário: das 14h às 22h

*Entrada e estacionamento gratuitos.

Região Metropolitana é alternativa

Além de um déficit habitacional de mais de 24 mil moradias (segundo dados do IBGE), Natal também sofre com a falta de terrenos adequados para construir. Por isso, as empresas têm direcionado seus investimentos cada vez mais para a região de Parnamirim e São Gonçalo do Amarante, na Região Metropolitana. “Natal é uma das capitais com a menor área do Nordeste, então há uma tendência natural de se procurar terrenos em regiões vizinhas”, explica Luís Macedo, da Aliança Imobiliária.

Caio Bento, da Ecocil, não vê problema na distância desses municípios para o centro da capital. “Se compararmos a outras capitais com a mesma quantidade de habitantes, os municípios do entorno de Natal estão muito próximos. Parnamirim é exemplo”.

novidades

As empresas que participam do salão imobiliário tem usado uma série de ferramentas para despertar o interesse do consumidor. Num dos estandes, por exemplo, há um cinema 180º onde os visitantes têm uma sensação quase real de estar no empreendimento, com interação de atores reais. Quem fecha contrato, também pode ganhar, em outro estande, um  iPad de presente. Em outro ponto, uma cabine de fotos instantâneas, recheada de acessórios, espera o consumidor. Há também a possibilidade de realizar um voo panorâmico para conhecer a área onde um dos empreendimentos está sendo construído.

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