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Clima favorece e safra de grãos sobe 275% no RN

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Andrielle Mendes
Repórter

A produção de grãos deve subir 275% no Rio Grande do Norte na safra 2010/2011, que será encerrada este mês no Nordeste. O RN está entre os três estados brasileiros com maior crescimento na produção, área cultivada e produtividade. O incremento está muito acima do nacional, estimado em 9,2%. A projeção, a última de uma série de 12, foi divulgada ontem pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e mostra que o estado está se recuperando das perdas registradas nos anos anteriores. Para a Conab nacional,  a maior oferta no RN gera uma renda extra para os agricultores e ajuda a baratear o preço de alguns grãos.
O milho foi um dos produtos que ajudaram a puxar a safra para cima
Luís Gonzaga Araújo e Costa, analista de Mercado de Produtos Agrícolas da Conab RN, esclarece que a oferta de grãos não foi multiplicada por 200 no estado. “Em função das questões climáticas, praticamente não houve produção agrícola no ano passado”, justifica. Segundo Eledon Oliveira, técnico de Avaliação de Safra da Conab nacional,  a safra é sempre reflexo das condições climáticas sejam elas favoráveis ou não. “O RN enfrentou longas estiagens no ano anterior e praticamente não plantou. Agora choveu menos, porém no período certo. Isso contribuiu para o incremento na produção”, acrescenta.

Na avaliação de Eledon, grãos como feijão e milho puxaram os números para cima. A produção de feijão no estado subiu 321,3%. A safra 2010/2011, que começou sob influência do fenômeno La Niña (que aumenta a média de chuvas na região), superou as primeiras previsões, principalmente em função do comportamento do clima, segundo a Conab nacional.

No Nordeste, também por causa do La Niña, a safra atual foi bem melhor que a do ano passado. A região concentra a maioria dos estados que apresentaram maior aumento de área cultivada, produção e produtividade. “Mesmo com alguns problemas pontuais, hora por excesso, hora por falta de umidade, as chuvas beneficiaram o desenvolvimento das lavouras. As exceções ocorreram com o milho segunda safra e o feijão terceira safra, no nordeste da Bahia, no centro-leste do Ceará e no sertão e agreste de Alagoas, por falta de chuvas nos meses de maio e junho”, diz o levantamento.

Para Luís Gonzaga, da Conab RN, o incremento poderia ter sido ainda maior não fossem as estiagens na Região do Alto Oeste e o excesso de chuva na Região Agreste, uma das principais produtoras de feijão. Apesar da expectativa, ele afirma que o impacto econômico deste aumento será reduzido no Rio Grande do Norte. “Nossa produção não é capaz de atender as nossas necessidades de consumo. Compramos todos os grãos lá fora, por isso o incremento de grãos no estado não afeta os preços de forma significativa”.

A produção nacional de grãos na safra 2010/11, praticamente encerrada, deve alcançar recorde de 162,9 milhões de toneladas. O volume representa aumento de 9,2% em relação à safra anterior (2009/2010), que foi de 149,2 milhões de toneladas.

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