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Comerciantes são os menos entusiasmados com a Copa

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Brasília – Um estudo realizado pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) com empresários do ramo de comércio e prestação de serviços mostrou que 56% dos empresários têm a expectativa de aumentar suas vendas durante o período da Copa do Mundo no Brasil. A sondagem foi realizada em cidades-sede do evento, mas não inclui Natal. O grau de otimismo também varia de acordo com o segmento. Enquanto está em alta na hotelaria, entre os comerciantes o índice é menos expressivo.
O comércio figura como o segmento em que mais empresários reduzirão o expediente na Copa
Os empresários do setor de hotelaria são os que têm melhores perspectivas de lucratividade durante a realização do torneio no Brasil. Quase 70% dos entrevistados gestores ou donos de empreendimentos na área de hotelaria, pousadas e albergues acreditam que o seu setor será um dos que mais lucrará com a Copa. Empresários do setor de lazer (56%), alimentação (55,6%) e transporte (38,2%) também estão otimistas, mas em menor escala.

#SAIBAMAIS#Em posição oposta, está o setor do comércio. O percentual dos que avaliam que o seu segmento será um dos que menos vai lucrar (27,5%) é maior do que os que projetam grande faturamento nas vendas (23,8%).

Na avaliação do presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Junior, os feriados decretados em dias de jogos e o horário reduzido de funcionamento de alguns estabelecimentos comerciais explicam, em parte, o pouco entusiasmo dos comerciantes com a realização da Copa. Exemplo disso, é que o comércio figura como o segmento em que mais empresários reduzirão o horário de atendimento ao público quando as seleções estiverem em campo: 19% nas lojas de rua e 20% nas lojas localizadas nos shopping centers. Por outro lado, a maior parte dos empresários do ramo de transporte e lazer ampliará o horário de atendimento, com 33% e 34% dos casos, respectivamente.

“O turista que vem para a Copa não está interessado exatamente em comprar, mas sim em gastar com lazer, alimentação, transporte e atrações turísticas. Por isso que os segmentos apresentam percepções diferentes quanto à realização da Copa”, justifica Pellizzaro Junior.

Regiões
No grupo de cidades pesquisadas, os empresários mais otimistas são os cariocas. Pelo menos 45% dos entrevistados acreditam que o volume de vendas crescerá muito durante os jogos, enquanto que dentre os mineiros e paulistas, apenas 8% e 5%, respectivamente, acreditam num crescimento muito elevado. Já em Salvador, Fortaleza e Recife, o percentual de muito otimistas é de 19%, 16% e 15%, respectivamente.

Para o gerente financeiro do SPC Brasil, Flávio Borges, a percepção mais favorável por parte dos empresários cariocas pode estar relacionada ao fato de o Rio de Janeiro ser uma cidade essencialmente turística e que, tradicionalmente, abriga eventos de grande repercussão internacional.

Saiba mais
A pesquisa ouviu 600 proprietários e gestores de empresas, cujo segmento de atuação tem relação direta com o evento nas sete cidades-sede que mais receberão partidas (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Salvador, Recife e Fortaleza). Natal não foi incluída na pesquisa. A margem de erro é de 4,00 pp.

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