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Comissão Europeia critica ataques ‘injustos’ a Gaza

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Bruxelas (AE) – O braço executivo da União Europeia (UE) disse ontem que vai dar 5 milhões de euros (US$ 6,7 milhões) para ajudar nos trabalhos de ajuda emergencial na Faixa de Gaza e criticou Israel pelos ataques “injustos” contra hospitais e escolas onde mulheres, crianças e idosos buscaram abrigo. Comunicado divulgado pela comissária europeia para Ajuda Humanitária Kristalina Georgieva chamou a situação em Gaza de “crise humanitária” que está ficando “mais e mais dramática” dia a dia. “Estou horrorizada com a perda de vidas e os ferimentos causados a civis em Gaza”, disse Georgieva. “É injusto que hospitais e escolas, onde crianças, mulheres, doentes e idosos aterrorizados buscaram abrigo, tenham se tornado alvos militares.”
Na cidade de Ramallah, palestinos participam do funeral de Mohammed al-Araj, morto em confronto com tropas de Israel
A UE disse que os recursos permitirão que organizações humanitárias atendam às necessidades básicas como água potável, comida e serviços médicos. A nova ajuda do bloco, que tem um dos maiores orçamentos de ajuda humanitária do mundo, eleva o total da ajuda humanitária para Gaza em 2014 para 23,5 milhões de euros. A decisão de enviar mais dinheiro para Gaza foi tomada depois de uma escola da Organização das Nações Unidas ter sido atingida por um míssil israelense, matando 16 pessoas.

No campo de batalha, o gabinete de segurança do país rejeitou ontem, por unanimidade, uma proposta dos Estados Unidos para uma pausa temporária nos combates entre Israel e Hamas.  A proposta apresentada pelo secretário de Estado John Kerry pedia uma trégua temporária, durante a qual Israel e o Hamas realizariam conversações indiretas sobre o alívio do bloqueio a Faixa de Gaza. O Hamas exige que as passagens de fronteira com o território costeiro sejam abertas.

A televisão israelense informou que  o gabinete de segurança de Israel, que agrupa os principais Ministérios relacionados a questões de segurança, rejeitou a proposta principalmente porque ela significaria que Israel teria de interromper seus atuais esforços para destruir os túneis do Hamas, que ligam Gaza ao território israelense.

Ontem, aviões israelenses atacaram 30 casas na Faixa de Gaza, matando um líder do grupo militante Jihad Islâmica e dois de seus filhos. De acordo com autoridades palestinas, tropas israelenses e combatentes do Hamas travaram intensas batalhas nas áreas norte e central do território.  Em Jerusalém, centenas de palestinos protestaram na região oriental da cidade após as orações muçulmanas do meio-dia.

Dezenas deles jogaram pedras e soltaram fogos de artifício contra a polícia israelense, que usou granadas de efeito moral e canhões de água. Milhares de policiais e soldados israelenses foram enviados para a região para enfrentar possíveis protestos palestinos.

O número de palestinos mortos chegou a 825, 115 deles na quinta-feira, um dos dias mais violentos dos combates, disse Ashraf al-Kidra, funcionário palestino da área de saúde. Mais de 5.200 palestinos ficaram feridos desde 8 de julho, data do início da ofensiva israelense, afirmou ele. No mesmo período, 35 israelenses, dentre eles 33 soldados, e um trabalhador tailandês, foram mortos.

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