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Comoção e revolta marcam sepultamento de policial

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Com indignação e tristeza, familiares, amigos e colegas de profissão se despediram do policial civil Ilfran André Tavares de Araújo. O espaço do Centro de Velório São José foi pequeno para a multidão que foi dar adeus ao policial e prestar solidariedade à família. O cemitério de Nova Descoberta também recebeu centenas de pessoas e policiais civis prestaram homenagem ao colega de profissão.     Ninguém acreditava que a barbárie da violência que assola o dia a dia da população natalense pudesse atingir o policial civil, descrito como “amigo e companheiro” por todos.
Crime ocorreu por volta das 20h30 do domingo, na Padaria La Via Pane, na avenida Nilo Peçanha
A irmã do policial, que estava presente quando o assassinato ocorreu, Ilma Fernandes, pediu providências para que o crime não fique impune. “O meu irmão era uma pessoa muito generosa e companheira, do mesmo jeito que me defendeu, ele defenderia qualquer um que precisasse. Quero justiça, quero providências para que a banalidade humana não domine e delimite as nossas vidas”, disse Ilma.

#SAIBAMAIS#Ilfran André Tavares deixa um único filho, Gustavo de Araújo, de 31 anos. Para ele, o que aconteceu com o pai poderia ter acontecido com qualquer um. “O nível de violência é ridículo, desejo que a fatalidade que aconteceu com o meu pai sirva de exemplo para as autoridades, qualquer um é sujeito dessa violência brutal”, lamenta Gustavo.

Colega e amigo há mais de 20 anos, o agente Pedro Sérgio considerava Ilfran André uma pessoa extraordinária. “Um excelente profissional, muito honesto, corretíssimo e além de tudo um ótimo amigo. É lamentável, é uma perda irreparável. Ele era muito querido, a prova é a quantidade de pessoas que vieram se despedir do nosso amigo. Ele agiu por instinto natural de defender um ente querido, nessa hora prevaleceu a emoção e lamentavelmente aconteceu essa brutalidade, é mais um colega que se vai”. 

“A Polícia Civil lamenta a morte trágica desse profissional e continua na luta pela justiça e prisão dos responsáveis por esse ato criminoso. Infelizmente, é mais uma vítima que sucumbiu devido ao descaso com que a segurança pública do nosso estado vem atravessando. A Polícia Civil do Rio Grande do Norte tem o menor efetivo do país. Falta armamento, falta colete, falta munição. A gente vem denunciando tudo isso, enquanto não se investir na policia civil, que é quem investiga, a violência vai continuar crescendo. Ele não morreu porque era policial, mas porque era cidadão da 4ª cidade mais violenta do país”, disse indignado o presidente do Sindicato da Polícia Civil do RN, Djair Oliveira.

Ele completou: “O Rio Grande do Norte vive um momento de sucateamento de duas importantes instituições, que são a Polícia Civil e o Itep. Isso gera efeito direto sobre a impunidade e a violência. Sem efetivo, estrutura de trabalho e materiais básicos, os crimes não são investigados e, consequentemente, o número de homicídios está crescendo”.

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