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Conab prevê aumento na produção de grãos

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A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) manteve a projeção de safra traçada para o Rio Grande do Norte. Levantamento divulgado recentemente reforçou o que já havia sido apontado em relatório de dezembro. A expectativa é que a produção de grãos cresça 64,1%, em comparação com a safra passada. De acordo com a companhia, o volume produzido, sobretudo de milho, feijão e sorgo, deve subir de 13,1 mil toneladas para 21,5 mil toneladas. Trata-se do terceiro maior crescimento estimado no país. O Rio Grande do Norte fica atrás apenas do Ceará e do Piauí, em termos de aumento estimado de produção. Nos dois estados, igualmente afetados pela seca, a produção promete subir até 189,9%. Feijão, milho e sorgo são os grandes destaques em todos eles. No Brasil, a safra deve crescer 5,2%, em comparação com a anterior.

A equipe de reportagem tentou contato com os analistas da Conab no RN para saber a razão do incremento, mas nenhum deles atendeu. Para Aldemir Freire, economista e chefe do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística no estado (IBGE/RN), qualquer aumento na oferta se refletirá no preço dos grãos.

“Embora a nossa produção não atenda toda a nossa demanda, a tendência é que os preços caiam, com o aumento na oferta de grãos, principalmente de feijão”. O economista observa, entretanto, que ainda é cedo para precisar como a produção de grãos se comportará no Rio Grande do Norte.

A safra, esclarece ele, depende da definição do regime de chuvas, e o aumento, na verdade, poderá se tratar apenas de uma recuperação das últimas perdas. “Nós mesmos (do IBGE) só divulgaremos nosso levantamento em março”, adiantou.

#SAIBAMAIS#É justamente em março que agricultores do Alto Oeste costumam começar a plantar, afirma Ambrósio Lins, presidente da Federação dos Trabalhadores da Agricultura no RN (Fetarn). A maioria dos produtores ainda aguarda as primeiras chuvas para iniciar o plantio, acrescenta Ambrósio. O endividamento do homem do campo, que gastou boa parte de seus recursos durante a seca, pode atrapalhar a recuperação da lavoura, mas não deverá comprometer a próxima safra. “Se chover, ele vai plantar”., garante o presidente da Fetarn.   

A falta de chuvas verificada sobretudo em estados como Rio Grande do Norte e Ceará fez o preço de vários itens da cesta básica disparar. O preço do feijão chegou a subir 20,1%, entre dezembro de 2011 e dezembro de 2013, passando de R$ 16,43, para R$ 19,74, uma saca com 4,5 quilos, de acordo com o último levantamento divulgado pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema). Outros itens registraram incremento ainda maior, como os legumes.

A expectativa, porém, é de que volte a chover no semiárido em 2014. De acordo com o meteorologista Gilmar Bistrot, “a evolução das variáveis que controlam as chuvas no Nordeste se mostram favoráveis a um inverno regular”.

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