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Condições das estradas melhoram

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De modo geral, as condições das rodovias do Rio Grande do Norte – estaduais e federais – melhoraram do ano passado para cá. Os trechos considerados adequados passaram de 31,8% em  2011 para 46,9% este ano, segundo levantamento  da Confederação Nacional do Transporte (CNT), que percorreu 1.764 dos 4.476 quilômetros de estradas pavimentadas, entre 25 de junho e 31 de julho. A classificação “ótima” subiu de 6,3% para 9,0%, enquanto os trechos considerados em bom estado de trafegabilidade passaram de 25,5% para 37,9%.
Pavimento e sinalização de um trecho da BR-226, Santa Cruz, estão em bom estado de conservação
Foram analisados 18 trechos de estradas, entre elas as rodovias federais BR-101 (Touros-Divisa com a Paraíba), BR-304 (Parnamirim-Mossoró-divisa com o Ceará) e a BR-226 (Macaíba-Patu). O estado geral das BRs 101 e 304 foi considerado bom e o da BR-226 regular.

O levantamento identificou noventa e seis quilômetros em quatro trechos considerados péssimos, um trecho a mais do que na pesquisa anterior. São eles o da RN-023 até o entroncamento da BR-104, os quarenta e dois quilômetros da RN-233 (Assu- Triunfo Potiguar), cinco quilômetros na BR-110 e quarenta e um na BR-226.

Os trinta e três quilômetros da RN-079 (Alexandria até o entroncamento BR-405, passando por Marcelino Vieira, saíram da condição de péssimo para ruim, enquanto o da BR-226 piorou – de ruim para péssimo.

A pesquisa da Confederação Nacional do Transporte leva em conta três variáveis: pavimentação, sinalização e geometria (item relacionado à  visibilidade e à velocidade máxima que pode ser percorrida pelo motorista). Dos 1.764 quilômetros percorridos no RN, 144 tinham pista dupla com canteiro central; 30 quilômetros de pista dupla com barreira central e 1.590 de pista simples de mão dupla.

As condições do pavimento eram as seguintes: totalmente perfeito 662 quilômetros, o equivalente a 37,5%; desgastado 1.019 desgastada; 66 com trincas e remendos e 17 com afundamentos, ondulações ou buracos.

Foram constatadas deficiências na sinalização horizontal. Mais de 750 quilômetros apresentavam desgaste na pintura da faixa central – a que determina se o motorista pode ou não ultrapassar o veículo da frente. Os técnicos notaram que em 786 quilômetros (44,6%) não havia placas com o limite de velocidade. Em 1.200 quilômetros percorridos havia deficiência na visibilidade das placas – mato na frente, tinta desgastada ou até mesmo placas totalmente inelegíveis.

“A importância da sinalização é tal que o Código de Trânsito Brasileiro (CTB de 2008), em seu artigo nº 88, frisa que nenhuma via pavimentada poderá ser aberta ao trânsito enquanto não estiver devidamente sinalizada, verticalmente e horizontalmente, de forma a garantir as condições adequadas de segurança na circulação”, lembra a CNT.

Em relação ao ano passado, a frota de veículos automotores do Rio Grande do Norte teve um crescimento de 9,3%, passando de 772.407 para 844.681.

Brasil precisa investir R$ 190 bilhões

Brasília (AE) – O Brasil precisa investir R$ 190 bilhões para resolver os problemas das rodovias que formam o principal modal de transportes de País. A conclusão é dos técnicos da CNT, que percorreram 95.707 quilômetros de rodovias para verificar que mais da metade dessa extensão (60.053) apresenta deficiências que colocam em risco a vida dos viajantes e limitam o crescimento da economia. “Apesar dos investimentos realizados pela

União e das recentes iniciativas a fim de dinamizar o investimento em infraestrutura de transporte, os recursos disponibilizados ainda estão aquém do necessário”, avaliou a CNT.

A entidade lembrou que o Plano Plurianual (PPA) do governo para o período entre 2012 a 2015 prevê desembolsos de R$ 82,7 bilhões para infraestrutura rodoviária, mas destaca que apenas R$ 4,7 bilhões foram de fato investidos até agosto deste ano. A confederação elaborou uma lista com 27 projetos considerados prioritários para melhorar o desempenho econômico do País. A relação consiste na duplicação e manutenção de 9.926 km de rodovias, por um custo de R$ 65 bilhões. “Fica evidente a incapacidade pública de investimentos em infraestrutura de transporte e a necessidade da viabilização desses investimentos com a participação da iniciativa privada”, completou o documento.

De acordo com a CNT, 33,4% do total de trechos rodoviários averiguados estão em situação apenas regular, enquanto 20,3% estão em condições ruins e 9% foram classificados como péssimos. Na outra ponta da pesquisa, 27,4% das estradas aparecem com bons índices de avaliação, enquanto apenas 9,9% do total foram consideradas ótimas.

O trabalho mostra que o maior problema das rodovias brasileiras é justamente o mais complicado de se resolver. Para os técnicos da confederação, 31,2% extensão analisada possui um traçado considerado péssimo. Outros 16,2% foram avaliados como ruins e 30% receberam apenas o carimbo de regulares. Os problemas de sinalização aparecem em segundo lugar, com a classificação de péssima em 15,8% do total pesquisado, ruim em 19,9%, e regular em 30,5%.

Por último, as deficiências de pavimentação foram as que menos pesaram na avaliação das rodovias. Apenas em 3,9% delas o asfalto foi considerado péssimo, e em outros 8,6% foi classificado como ruim. Praticamente a metade da extensão pesquisada tem pavimento em ótimas condições (49%), sobrando 5,1% com boa avaliação e 30,5% em situação regular.

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