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Congresso Brasileiro de Fruticultura começa hoje

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Começa hoje, às 19h, no Centro de Convenções de Natal, o  21º Congresso Brasileiro de Fruticultura, prosseguindo até a próxima sexta-feira, com o tema “Frutas: saúde, inovação e sustentabilidade”. Estão sendo esperados cerca de 2,5 mil participantes de todos os estados brasileiros. Mais de 2.700 trabalhos técnicos e científicos estão inscritos para este congresso que contará com a participação de cinco palestrantes estrangeiros. Logo após a solenidade de abertura será proferida a conferência sobre o tema “Avanço na produção de frutas de clima temperado no semiárido brasileiro”, pelo especialista em frutas Paulo Roberto Coelho Lopes, da Embrapa. Em seguida será servido um coquetel com um show musical.

Durante toda a semana serão discutidos vários temas com foco na funcionalidade das frutas, na transferência de tecnologia para o pequeno e médio produtor rural, principalmente da agricultura familiar, buscando a socializaçao e a poularização em pesquisas e desenvolvimento da fruticultura, segundo disse um dos coordenadores do Congresso, Marco Moreira.O Congresso, que recebe o apoio da Emparn, Embrapa, Ufersa, Sebrae, entre outras entidades privadas e públicas, terá também a presença de caravanas de produtores rurais familiares e de assentamentos, do Rio Grande do Norte e de outros estados do Nordeste.

Amanhã, começam os mini cursos sobre temas como “Cultivo de Fruteiras Orgânicas”, “Biotecnologia – Cultura de Tecidos”, “Manejo Integrado de Doenças”, “Manejo Integrado de Pragas”, “Processamento Mínimo de Frutas” “Produção Integrada de Frutas” e “Fisiologia, qualidade e pós -colheita de frutas”. Em todos esses mini cursos haverá um expositor e debatedores de diversos órgãos como a Emparn, Embrapa Tropical, Embrapa Uva e Vinho, Embrapa Mandioca e Fruticultura, UFRN, Ufersa, Incaper, UFV, UFPB e ainda, professor Daniel Alexandre Neuwald, da Alemanha e Luis Cisneiros Zacarias, dos Estados Unidos.

Na terça-feira, quarta e quinta-feira continuam os mini cursos e mesas redondas sobre assuntos diversos como “Cultivo de pequenos frutos vermelhos”, “Técnicas de produção de uvas e influência na qualidade do vinho”; “Produção de cerveja caseira de frutas”,  sendo este um curso com aulas teóricas. Outras palestras vão abordar os “Avanços da biotecnologia na fruticultura” e ainda, os “Mercados Inteligentes para a Fruticultura”, “A fruticultura no mundo: Oportunidades e Desafios”. Serão realizadas excurssões técnicas a Cooperativa de Produtores da Fazenda Paz, em Barra de Maxaranguape, à Fazenda Almir, em Goianhinha (Pipa), Fazenda de Lichia/Açai, em São José de Mipibu e ao Banco de Germollasma e fruteiras nativas, em João Pessoa (PB).   

O presidente do Congresso, Amilton Gurgel, disse que o Brasil tem um consumo muito baixo de frutas, por isso, um dos objetivos do congresso é mostrar o lado funcional das frutas, a qualidade e os mercados. No Rio Grande do Norte ainda há muito espaço para o segmento da fruticultura tropical crescer, em produção e, qualidade. Atualmente, o estado tem cultivados cerca de 3.700 hectares de abacaxi e 15 mil hectares de melão, dentre outras frutas como banana, manga, mamão e o caju, para aprovaitamento da castanha.

A especialista   Rosilene Ferreira Souto, responsável pela área de fruticultura da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo do ministério, faz palestra sobre os Novos avanços da defesa vegetal do Brasil, na terça-feira, 19, às 14h.  Durante o congresso, a Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Fruticultura do Ministério da Agricultura reunirá representantes do governo e da Sociedade Brasileira de Fruticultura, na sexta-feira, 22 de outubro, a partir das 8h.

Setor se expande e tem saldos positivos

A fruticultura brasileira vem se expandido nos últimos dez anos, com saldos positivos crescentes e impacto favorável na economia do país. O incremento da produção de frutas alcança, em média, 2,5% ao ano, desde 1990, mantendo a mesma taxa  do crescimento das exportações.

O processamento de frutas na forma de sucos, doces e outros produtos, vem se ampliando e ganhou impulso com a concessão de Linha Especial de Crédito (LEC) para apoiar a comercialização de frutas. Goiaba, maçã, manga, maracujá, pêssego, banana e mamão são exemplos de frutas incluídas nesse recurso. A LEC financia a estocagem das frutas processadas, evitando picos de oferta e baixos preços, além de incentivar a agroindustrialização no setor, ainda pequena, e facilitar o acesso a novos mercados internos e externos.

O Brasil, com mais de 30 polos produtivos, é o terceiro maior produtor mundial de frutas, depois da China e da Índia. Das 42 milhões de toneladas produzidas em 2008, em mais de 2 milhões de hectares, 65% foram consumidas internamente e 35% embarcadas para o mercado externo, principalmente na forma de sucos de laranja. Depois da laranja, fruta mais importante em termos de valor da produção, merecem destaque a banana, a uva, o melão e a melancia. Os fruticultores vêm adotando tecnologias avançadas para melhorar a qualidade das frutas e possibilitar preços mais atrativos. Ceará e Rio Grande do Norte formam importante polo produtor de melão, responsável por 80% da produção nacional, e principal fruta fresca exportada em 2009, gerando saldo de US$ 122 milhões no comércio externo. Em 10 anos, o volume exportado de melões cresceu 181%.

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