sábado, 20 de abril, 2024
26.1 C
Natal
sábado, 20 de abril, 2024

Contato com o Range Rover Sport 5.0

- Publicidade -

O Range Rover Sport é veículo de múltiplas aptidões. Lançado em 2005, o modelo evoluiu de forma expressiva ao longo dos anos. Tinha apelo e motor de carro esportivo, mas fora construído sobre a base do Discovery, que tem proposta muito mais voltada para o off-road do que para performance.

A segunda geração levou o do Range Rover Sport levou-o a um novo patamar.

A primeira – e mais inteligente – medida foi trocar a plataforma do Discovery pela estrutura (adaptada a ele) do Range Rover Vogue, construída totalmente em alumínio. Essa revolucionária tecnologia é fantástica. São até 420 quilos mais “leve” em relação à geração anterior e consumo reduzido em até 24%.

O Range Rover Sport

O Range Rover Sport é, no entender deste “Caderno”, o mais belo dos Range Rover, ao unir uma frente que é basicamente o meio termo entre a do Evoque (afilada) e a do Vogue (musculosa) a uma traseira que aplica os mesmos elementos do “baby Range Rover”, mas numa área maior.

Primeiras impressões
Na primeira curva contornada mais rapidamente, a bordo da versão V8 Supercharged do Range Rover Sport, percebemos uma mudança fundamental no utilitário esportivo. Antes, a direção do Range Rover Sport era um tanto lenta (apropriada para um SUV, mas inadequada para um carro com pretensões esportivas), o novo contempla o condutor com uma reação muito mais árdega e precisa. Isso graças ao modo Dinâmico incorporado ao Terrain Response. Com ele ativado, mudam os parâmetros do acelerador, direção e comportamento da suspensão que, dotada de um controle pneumático, firma o veículo no chão e permite pouquíssima rolagem da carroceria.

Não é exagero dizer que os ocupantes se sentem em um hatch esportivo, e não em um utilitário de 2.310 quilos e 1,78 metro de altura.

O modo como o novo Range Rover Sport acelera também é digno de um carro bem distante da categoria “utilitário”: 0 a 100 km/h em 5,3 segundos, ou apenas 1,9 segundo mais lento do que uma Ferrari 458 Italia. A velocidade máxima de 250 km/h também é monumental para um carro de tais proporções, mas saber que o novo modelo está 8% mais aerodinâmico ajuda a compreender a proposta.

Há, também, o motor a diesel, no caso representado pelo 3.0 V6 de 292 cavalos de potência e 61,2 kgfm de torque. Força e extrema suavidade estão entre suas qualidades. O motor a gasolina, (da versão que avaliamos) tem ronco mais instigante e atributos mais condizentes com a proposta esportiva, é claro.

É evidente que o ápice da emoção ao volante e da interação com o motorista está na versão 5.0 V8 Supercharged, de 510 cavalos de potência e 63,7 kgfm; mas o inédito 3.0 V6 Supercharged, de 340 cavalos de potência e 45,9 kgfm de toque, entusiasma mesmo os mais ávidos por desempenho. Seu ronco é quase tão impressionante quanto e as trocas de marcha são tão rápidas quanto. A diferença do V6 (R$ 393,5 mil) para o V8 de entrada (R$ 496,5 mil) se justifica, entre outros itens, pela ausência do modo dinâmico.

Quanto à desenvoltura no off-road, qualquer Land Rover dispensa explicações. Basta dizer que suas habilidades fora da estrada não veem limites nas mãos de um usuário comum, ou seja, excetuando-se uma etapa do Rally Dakar, é possível chegar a qualquer lugar com um utilitário da marca. E a crença de que um Land Rover quase tudo pode aumenta, quando observamos que os pneus usados são voltados para o asfalto e não propriamente para aventuras sobre lama.

Qualquer que seja a versão, o conforto interno atinge níveis máximos de requinte e qualidade. E é elogiável a forma como a marca conseguiu criar um ambiente limpo mesmo com tantos recursos disponíveis. O mais notório exemplo é o fenomenal som Meridian, com 23 alto-falantes.

E se o Range Rover Sport é uma mescla, visual e comportamental, de Evoque e Vogue, um recurso não emprestado de ambos, felizmente, é o seletor de marchas em forma de botão giratório. Certas coisas, como alavancas de câmbio, não precisam ser reinventadas.

A única ressalva vai para os modelos equipados com o painel digital: cheio de pompa tecnológica, é difícil de ser lido durante o dia, quando certa dose extra de contraste seria útil. Nas versões mais baratas, recorreu-se aos instrumentos do Evoque que, no final das contas, são mais simples e, por isso, fáceis de ler.

Vogue ou Sport?
A escolha é orientada, na maioria dos casos, pelo ângulo financeiro. Os preços do Sport terminam onde os do Vogue começam. Mas o perfil do comprador também influencia. É indiscutível que o potencial dono de um Ranger Rover Sport é mais jovem, enquanto o comprador do Vogue tem outras prioridades, além de acelerar freneticamente e contornar curvas como se estivesse num autódromo, embora o Vogue também enfrente  tais desafios.

Enquanto o Vogue mantém a áurea de SUV mais poderoso do mundo, o Sport, sem dúvida, se firma como o mais comprometido com comportamento dinâmico sem abrir mão da verve aventureira.

- Publicidade -
Últimas Notícias
- Publicidade -
Notícias Relacionadas