O contrato de concessão da Zona de Processamento e Exportação (ZPE) de Macaíba foi assinado no fim da manhã desta sexta-feira (21) e consolidou a primeira privatização de ZPE do país. Com isso, a empresa responsável pela construção e administração será a Unihope Imobiliária, Administração e Construção Civil LTDA, que venceu o processo de licitação.
Segundo o representante da empresa, Karim Antônio Khouri, ainda não há data específica para o início das atividades e serão investidos R$ 31 milhões. De acordo com ele, a empresa tem uma assessoria que já começou a prospectar empresas que devem se instalar na área e pelo menos 10, do Brasil, China e Vietnã, já se mostraram interessadas.
#SAIBAMAIS#A governadora Rosalba Ciarlini destacou a geração de empregos e vendas para o estado. Ela estima pelo menos 10 mil trabalhadores beneficiados diretamente com o início das atividades da ZPE. “Isso consolida a operação do Aeroporto de São Gonçalo do amarante, que deve ser o principal modal de transporte”, disse.
Já Amaro Salles, presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (Fiern), um dos pontos da ZPE é o incentivo fiscal e financeiro para as empresas. Segundo ele, para atrair mais investidores é necessário ainda que sejam resolvidos outros gargalos na indústria, como logística e mão de obra qualificada. Para essa segunda questão, ele garantiu que a Fiern e o Senai irão trabalhar para oferecer cursos de qualificação.
De acordo com o presidente da Associação Brasileira das Zonas de Processamento de Exportação (Abrazpe), Helson Braga, a concessão da ZPE de Macaíba é válida por 20 anos, prorrogáveis por outros 20. Ele explica que a empresa tem direito de explorar economicamente a área da ZPE, mas, em contrapartida, deverá construir toda a infraestrutura necessária para que as empresas possam se instalar, incluindo sistemas de acesso, segurança e instalação da Receita Federal na área de 162 hectares com capacidade para cerca de 40 indústrias.