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CPI convoca tesoureiro do PT e presidente do BNDES

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Brasília (AE) – Ignorando requerimentos de convocação de políticos e de grandes empreiteiros, a CPI da Petrobras aprovou 96 requerimentos, após acordo entre membros da CPI que se reuniram ontem. Dentre os convocados estão João Vaccari Neto; o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho; o presidente do Comperj, Nilo Vieira; a ex-gerente da Petrobras Venina Velosa; o executivo da Toyo Setal Augusto Mendonça; e o ex-conselheiro e acionista da Petroquímica Triunfo Auro Gorentzvaig. Também será convocado Mário Góes, tido como um dos operadores do esquema de corrupção da estatal.
Deputados da CPI discutem os próximos passos da investigação sobre os desvios na Petrobras
Na tarde de ontem, a CPI também pediu a quebra de sigilos bancário, telefônico e fiscal do ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque e do ex-gerente de Serviços da Petrobras Pedro Barusco, que será ouvido novamente pela comissão. Conforme o jornal O Estado de S. Paulo divulgou na semana passada, partidos que integram a CPI fizeram acordo para não convocar políticos para prestar depoimento. Se os investigados quiserem, podem se apresentar espontaneamente. Até o momento, apenas o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), falou voluntariamente.

O deputado Júlio Delgado (PSB-MG) criticou requerimentos genéricos para convocação de “representante legal” de empresas que foram colocados em pauta, mas os documentos foram aprovados

#SAIBAMAIS#Pedro Barusco foi novamente convocado pelo sub-relator André Moura (PSC-SE). “Peço a reconvocação do senhor Pedro Barusco porque muito do que ele disse diz respeito à nossa sub-relatoria”, disse Moura. O ex-gerente será ouvido em separado, na sub-relatoria de André Moura. A CPI tem quatro sub-relatorias. A CPI aprovou também a criação de mais uma sub-relatoria para auxiliar o relator Luiz Sérgio (PT-RJ). A vaga será ocupada pelo deputado Valdir Prascidelli (PT-SP).

Amanhã, a CPI espera receber a ex-presidente da Petrobras Graça Foster, já ouvida em CPIs realizadas no ano anterior. O representante da SBM Offshore no Brasil, Júlio Faerman, havia sido convocado para esta quinta-feira, mas não foi localizado pela comissão.

Alguns requerimentos de Prascidelli não foram considerados na votação por abranger acesso a contratos assinados em um período anterior ao que é investigado pela CPI. Até o mês passado, o PT tentava ampliar as investigações até o governo de Fernando Henrique Cardoso. A CPI está limitada aos anos de 2005 a 2015.

A CPI também aprovou o requerimento de compartilhamento das interceptações telefônicas feitas pela Operação Lava Jato, assim como de contratos e documentos da Petrobras. A comissão também vai solicitar à Polícia Federal imagens do circuito de câmeras de segurança dos hotéis onde Barusco disse ter realizado encontros com Duque para tratar de propinas.

A comissão aprovou ainda requerimento de acesso às denúncias de irregularidades recebidas pela ouvidoria-geral da Petrobras entre 2005 e 2015. Os deputados também requisitarão à Controladoria-Geral da União (CGU) e à Advocacia-Geral da União (AGU) cópias de memorandos referentes a possíveis acordos de leniência.

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