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Crédito do setor imobiliário cresce 55%

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Os financiamentos imobiliários com recursos da poupança alcançaram R$ 37 bilhões no primeiro semestre de 2011. O volume é recorde, conforme mostra balanço da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). Em relação ao segundo semestre do ano passado, a variação foi de 14%. O número de unidades financiadas no primeiro semestre soma 236,5 mil, um aumento de 26%. Apenas no mês de junho, as operações de financiamento somaram R$ 7,78 bilhões, com acréscimo de 48% em relação a um ano antes, com 46,5 mil imóveis financiados.

Em junho, as cadernetas de poupança registraram uma captação líquida de R$ 1,2 bilhão, após dois meses consecutivos de resgates em termos líquidos. Foi o melhor resultado do ano para aplicação, num cenário de forte competição entre ativos financeiros, derivados de aumentos na taxa Selic, de acordo com a entidade. Os saldos das cadernetas de poupança aumentaram R$ 3 bilhões entre maio e junho, atingindo R$ 309,9 bilhões, indicando acréscimo de 15% em termos nominais em relação ao saldo de junho de 2010.

De acordo com o Sinduscon, Rio Grande do Norte tem deficit de 160 mil unidades habitacionaisNo Rio Grande do Norte, o crescimento foi menor. R$ 277 milhões, entre janeiro e maio, segundo números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que acompanha o mercado. Mesmo assim, bastante representativo, porque equivale a 47,9% dos R$ 578 milhões financiados durante todo o ano passado.

Entre janeiro e maio deste ano, o volume concedido para aquisição de imóveis subiu 55,4%. O destinado à construção subiu 8,30%. A diferença, na avaliação do chefe do escritório do IBGE em Natal, Aldemir Freire, mostra que as construtoras estão concentrando esforços na conclusão das obras contratadas em 2009 e 2010.

Aldemir explica que ainda é cedo para dizer quanto o crédito imobiliário crescerá no RN em 2011. O setor, no entanto, já mostra sinais de desaceleração, segundo ele. “Ainda não estou plenamente convencido de que repetiremos o desempenho de 2010”.

Segundo Aldemir, depois de uma forte expansão no volume de crédito concedido para construção em 2010, os valores têm crescido em um ritmo bem menor em 2011. O volume de financiamento para construção de moradias subiu 691%, entre 2009 e 2010, passando de R$ 48 milhões para R$ 380 milhões, segundo os cálculos do economista. “Podemos até repetir o valor, mas não o ritmo de crescimento”.

Aldemir disse que a desaceleração no ritmo não significa retração do setor. “Do ponto de vista da construção de novos imóveis, podemos estar caminhando para uma estabilização do mercado, embora seja necessário afirmar que esta estabilização (ou ritmo menor de crescimento) está acontecendo em um patamar bastante elevado”.

Carlos Luís Cavalcanti de Lima, diretor de Comunicação e Marketing do Sinduscon/RN e diretor da Tecnart Engenharia, afastou para longe o fantasma da retração, lembrando que ainda há muito espaço para crescer. “Nosso Estado tem um deficit de 160 mil unidades habitacionais. É muita coisa. Natal representa 40% desta demanda. Pelo que a gente observa, o número de lançamentos ainda está crescendo”.

Carlos disse não perceber sinais de redução e acredita que 2011 fechará no mesmo patamar que 2010. O volume financiado se estabilizará, mas isso não ocorrerá a curto prazo, afirma o representante do Sinduscon/RN. “O crédito imobiliário ainda tem muito para crescer no Brasil. Existe uma demanda muito grande”.

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