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Da timidez ao ciúme possessivo

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“O problema que eu apresentava no início era que eu tinha uma grande dificuldade de manter um relacionamento com alguém. Eu era uma pessoa muito tímida, não conseguia conversar com garotas a respeito de situações amorosas. Eu sempre conseguia muito conversar com as pessoas sobre outros assunto; me enturmava, nunca tive problema com isso. Mas quando partia para a parte afetiva, do flerte, de eu tentar cantar ou tentar namorar uma garota, eu sempre ficava muito acanhado, muito temeroso da reação que poderia ocorrer da parte dela. Sempre ficava muito fechado. Vivi a minha inteira nesse dilema de não conseguir chegar ao ponto de me relacionar com nenhuma garota. Sempre as pessoas ao meu redor me questionavam por que com uma certa idade não conseguia uma namorada, outras pessoas conseguem. Mas eu achava que talvez isso fosse até normal.
Leitura de livros específicos e depoimentos em grupo formam a base das reuniões do grupo Dasa
Com o passar do tempo, eu comecei a notar que isso era uma coisa que não estava normal em mim, pois eu não conseguia manter relacionamentos. Então, comecei a frequentar o DASA, comecei a expor os meus problemas aqui, nas reuniões, e, com o tempo, tive uma melhora grande. Consegui, inclusive, achar uma pessoa. Mas, infelizmente, após eu arranjar essa pessoa, que há três meses eu estou convivendo com ela, eu passei a apresentar outro problema, que no caso é um ciúme possessivo. Eu tenho muito ciúme dela; às vezes quero vasculhar o celular dela pra ver alguma coisa, Facebook, WhatsApp. Eu tento buscar alguma coisa que eu sei que não existe. Mas eu tento buscar aquilo no celular dela ou em alguma coisa dela pra tentar ver se ela me trai. Eu passei a ficar com esse trauma de, após arranjar uma pessoa, essa pessoa vir me trair. Hoje em dia, a anorexia com relação a relacionamento, eu já não tenho mais. Mas eu adquiri esse outro problema; essa parte do ciúme compulsivo. 
#SAIBAMAIS#
Eu acredito que por ter passado vários anos sem ter relacionamento com ninguém, como eu não tinha, com a chegada dessa pessoa, meu psicológico imaginou: ‘Como você passou tantos anos sem ninguém,  será que essa pessoa vai ficar com você mesmo ou será que ela vai lhe deixar no futuro e você vai voltar a ficar só?’ Então, ficou como uma espécie de compulsão  nessa pessoa. Eu passei a querer me sentir como um dono daquela pessoa, e querer comandar os passos dessa pessoa. Justamente, eu acredito, pelo meu problema inicial, que eu não consegui ter relacionamentos. Então, eu temo muito que essa pessoa me deixe e eu volte a ter aquele mesmo padrão de não conseguir manter um relacionamento com uma pessoa.

Isso me traz problemas tanto no campo sexual como no psicológico. Acredito que o sexual está atrelado também mais ao psicológico. Como se trata de uma compulsão, a gente passa a ter pensamentos que possa acontecer alguma coisa; e isso tudo influi em nosso organismo. Quando a gente tem uma certa compulsão, alguma coisa na nossa mente que perturba, a gente passa a ter revertido essa perturbação no nosso organismo. Então, eu já venho apresentando problemas de saúde na parte do sistema digestivo. Em questão a parte sexual, às vezes eu noto que em certas situações eu não consigo manter uma relação sexual saudável com ela. Há um sintoma como se fosse de uma certa impotência, por aquela ansiedade toda de estar querendo vasculhar  a vida dela, de saber se ela tem alguma coisa.

Também afeta na questão de trabalho. Na questão educacional, como esse problema psicológico está se revertendo no meu sistema digestivo, eu tive que trancar a um curso que eu faço na universidade; eu não estava mais conseguindo comparecer às aulas. Em relação ao trabalho, eu fico bastante aflito, fico tentando procurar formas de entrar no computador no trabalho, pra ver se ela está online no Facebook, pra ver se ela está tentando manter alguma conversa com outra pessoa. Prejudica tanto no trabalho quanto na parte educacional.  

Em relação à família, por ver que eu estou com esse problema, eles incentivam que eu deixe esse relacionamento. Eles dizem que não é bom pra mim. Mas se eu vou ver que esse relacionamento não vai ser bom pra mim, então, de outra forma vai ser ruim porque eu não vou conseguir arranjar ninguém. Eu tenho que tentar nesse relacionamento. A pessoa que eu convivo, até hoje consegui comprovar nada de infidelidade da parte dela. Eu vejo que ela é uma pessoa bastante honesta e o problema está comigo.”

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