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De norte a sul no reino de Oz

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Dois no mundo

Karla Larissa – especial para a Tribuna do Norte

A Austrália é um país único, uma verdadeira terra de Oz, como é apelidada. Um continente-ilha, banhado por diversos mares,  com uma fauna e flora exclusivas e quase 75% do seu território formado por deserto. Um oriente que se parece com o ocidente, mas o mesmo tempo é tão incomum. Até a língua do país, que é o inglês, é falado de uma forma totalmente peculiar, cheio de gírias  com sotaque bem marcado, e dizem que é um dos mais difíceis de se compreender.
Entre os mais famosos pontos turísticos da Austrália, sem dúvida, estão os 12 Apóstolos, que são colunas de arenito de até 45 metros de altura, esculpidas pelo vento e pelas ondas
Por tudo isso, viajar pela Austrália é vivenciar experiências que jamais seriam possíveis em qualquer outro país. E uma viagem apenas não é suficiente diante da imensidão deste, que é o sexto maior país do Mundo.

Em nossos 30 dias em Oz, viajamos de norte a sul pela costa Leste, não necessariamente nesta ordem, e estivemos em três dos seis estados. Nas últimas duas semanas, estivemos em algumas das paisagens mais deslumbrantes do país e fizemos uma imersão cultural.

Whitsundays e Whitehaven

Em Arlie Beach, quase 1.800 km ao norte de Sydney, embarcamos em um veleiro para uma viagem de três dias pelo arquipélago de Whitsundays.

Ao todo são 74 ilhas tropicais localizadas no coração da Grande Barreira de Coral Australiana.
Whitehaven é considerada por muitos viajantes uma das praias mais bonitas do mundo
A barreira de corais tem impressionantes 2.300 km de comprimento e vai desde o nordeste da Austrália até Papua-Nova Guiné. E em sua imensidão abriga mais de 1.600 espécies de peixes, seis das sete espécies de tartarugas marinhas existentes no mundo, 30 espécies de baleias e golfinhos, milhares de espécies de moluscos, centenas de espécies de arraias e tubarões, além, é claro, de uma variedade incrível de corais.

Na última hora desisti de fazer o mergulho de cilindro, que Fred fez com o restante do grupo. Mas só com snorkell foi possível ver inúmeras espécies desses animais. Um mundo inteirinho e colorido debaixo d´água.

Por ser inverno, era temporada de migração de baleias. E durante os três dias, vimos várias, assim como muitos golfinhos. Mas o mais impressionante aconteceu no último dia. Nós fomos a primeira dupla a descer do barco para fazer um passeio de caiaque no mar, quando quase fomos atropelados por uma baleia macho que se exibia por perto e acabou vindo em nossa direção. Nunca remamos tão  rápido. Um susto e tanto! Mas foi lindo de ver.

Além dos corais, a grande atração de Whitsundays é Whitehaven Beach. Considerada por muitos viajantes, uma das praias mais bonitas do mundo, Whitehaven tem 7 km de extensão, mar turquesa e uma areia inacreditavelmente branca, formada por 98% sílica pura. Devido a movimentação da areia fina e da maré, Whitehaven está em constante modificação e a cada dia apresenta um cenário único. A praia é extremamente preservada, pois está inserida em um parque nacional e as visitas são restritas. Tudo isso faz de Whitehaven um verdadeiro paraíso na terra.

Melbourne é a capital cultural da Austrália

Do nordeste, voamos para o extremo sul do país. E trocamos os 20 e poucos graus de Arlie Beach pelo frio de Melbourne, que neste período registra temperaturas mínimas de um dígito. Melbourne tem a segunda maior região metropolitana do país e é  considerada a capital cultural da Austrália.

É em Melbourne que tudo acontece, grandes eventos esportivos, como o Grande Prêmio de Fórmula 1 da Austrália, e inúmeros eventos culturais o ano todo.

A cidade tem o charme de ter os bondinhos elétricos como principal meio de transporte e não lhe faltam teatros, parques e praças, que têm sempre espetáculos em cartaz, musicais, telão exibindo filmes, feirinhas de artesanatos e muitos artistas de rua. Aos domingos, são realizados vários eventos às margens do Rio Yarra.

Melbourne também é famosa pelos cafés e restaurantes, que oferecem a boa gastronomia dos quatro cantos do mundo. E não é só isso, Melbourne também é uma cidade de praias, que não são bonitas como as de Sydney, é verdade, têm água gelada e águas-vivas, mas mesmo assim valem o passeio. A mais famosa delas é a praia de St Kilda, com muitos restaurantes e cafés. É nesta praia onde fica o centenário Luna Park, um parque de diversão como os de antigamente, com brinquedos tradicionais e onde cada atração é paga separadamente.

Em St Kilda também é possível apreciar o pôr do sol no mar e acompanhar a volta para casa dos pinguins, o que infelizmente não podemos ver, pois justo nessa época o píer onde eles desembarcam todo final de tarde, estava fechado para obras.

De St Kilda dá para fazer uma caminhada de 1h30 até a praia de Brighton, onde ficam as famosas casinhas (de banho) coloridas à beira mar, que estão sempre presentes nos cartões postais da Austrália.

Conhecer Melbourne exige tempo para passear com calma pelas ruas da cidade e para driblar seu clima instável, em que uma hora faz sol, outra hora faz chuva, mas sempre (no inverno) faz frio. Muito frio!!

Rodovia costeira é passeio obrigatório para turistas

Um passeio obrigatório para quem visita Melbourne é a Great Ocean Road. A rodovia foi construída no início do século 20, inspirada na Highway 01 americana, na California, e é considerada uma das mais cênicas rodovias costeiras do mundo. Ao todo, são 243 km de extensão, que vão desde a cidade de Torquay a Warrnambool, ambas no estado de Victoria, cujo Melbourne é a capital. A rodovia reúne ao longo de todo seu percurso, paisagens espetaculares com praias, falésias, florestas tropicais e incríveis formações rochosas.
Casal potiguar Fred Santos e Karla Larissa estão na Austrália
Ao longo da Great Ocean Road é imprescindível fazer várias paradas para apreciar verdadeiras obras da natureza.  A mais famosa delas, sem dúvida, são os 12 Apóstolos, que são colunas de arenito de até 45 metros de altura, esculpidas pelo vento e pelas ondas.

Hoje restam apenas oito colunas, que juntas, formam um cenário impressionante de deixar qualquer um boquiaberto. Para quem desejar, a formação também pode ser vista do alto em um passeio de helicóptero.

Outros pontos imperdíveis da rodovia e não menos famosos são o Loch Ard Gorge, uma linda praia que teria sido cenário do naufrágio mais famoso da Austrália, e a London Bridge, uma formação rochosa, que formava uma ponte natural até 1990, quando uma parte desabou.

Além das paisagens, os animais também fazem parte das atrações da Great Ocean Road. Em alguns pontos é possível ver koalas, cangurus baleias, golfinhos e dizem que até ornintorrincos.

Próxima parada
Depois de um mês de Austrália, a nossa Volta ao Mundo continua nos Estados Unidos da América, onde passaremos 30 dias, viajando pelo Oeste de país.
Praias da California, Las Vegas, Grand Canyon e outros parques nacionais estão no nosso pré-roteiro.
Na viagem da Austrália para os Estados Unidos, literalmente, voltaremos no tempo. E ao invés, das atuais 13 horas a frente do Brasil, estaremos 4 horas a menos do fuso horário de Brasília.
Vamos ver o que o Tio Sam nos reserva.

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