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Dedicado ao lirismo dos versos

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Após anos dedicado aos movimentos sociais, o advogado e poeta Horácio Paiva prefere agora a harmonia dos versos. Suas novas criações estão no livro “A torre azul”, que será lançado nesta quinta-feira, na sede da Academia Norte-riograndense de Letras, a partir das 18h. Trata-se do segundo livro solo de Horácio – o primeiro foi “Navio entre espadas”, lançado em 2002. Ele já havia participado da coletânea “A escola de Macau” (de 2003), apenas com poetas nascidos na terra do sal.
Horário Paiva já publicou três livros, dois individuais e na coletânea A Escola de Macau
“A torre azul” é definido por Horácio Paiva como uma “tríade” de livros, contido em um volume único. “Reuni 74 poemas divididos em três segmentos. Há temáticas líricas, sociais e religiosas, não fechei as ideias numa padronização”, explica. O livro está dividido pelas seções “A torre azul”, relacionada às motivações essenciais do poeta; os “Puros”, que são os poemas mais curtos, de três versos, e os “Poemas Devocionais”, aqueles de inspiração mística.

A torre foi o elemento escolhido para nomear o livro, segundo Horácio, por ser um símbolo de elevação – para ele, num sentido espiritual. A torre inspiradora, que aparece na capa do livro, é a Torre de Anto, localizada em Coimbra, uma construção medieval portuguesa onde viveu o poeta Antônio Nobre, no final do século XIX. Para juntar suas duas inspirações maiores, o livro de Horácio traz a torre lusitana sobreposta às águas do rio de Macau, onde o poeta potiguar nasceu. “É uma torre espiritual, de criação artística, uma simbologia que faz parte da minha poesia”, analisa.

Outra inspiração de “A torre azul” vem da amizade de Horácio pelo poeta e escritor cubano Felix Contreras, que ele conhece há mais de 20 anos. Contreras escreveu para o potiguar o poema “Horácio Paiva em su torre azul”, que ele publicou na contra-capa do livro. Para homenagear o amigo, Horácio traduziu e publicou no livro o poema de Contreras, “Carta a los hijos” (“Carta aos filhos”). Contreras esteve recentemente em Natal para uma palestra na ANL.

Horácio Paiva escreve poesia desde a adolescência. Formou-se em Direito no Recife, e antes de montar um escritório, participou das lutas contra a ditadura que se instalara no país. Foi fundador da Comissão de Justiça e Paz, entidade pioneira de defesa dos direitos humanos, vinculada à Arquidiocese de Natal, membro do Comitê de Anistia do RN, coordenador do comitê Pró-Diretas em Natal, e fundador da Coordenação Intersidical do RN, entre outras atribuições.

Serviço: A Torre Azul, de Horácio Paiva. Lançamento na quinta, às 18h, na sede da ANL.

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