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Defesa quer evitar transferência de PMs para Alcaçuz

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Rafael Barbosa e Leandro Cunha – repórteres

Wendel Fagner Cortez de Almeida e Rosivaldo Azevedo Maciel Fernandes, policiais reformados da Polícia Militar do Rio Grande do Norte, foram presos na manhã de ontem sob a acusação de um homicídio ocorrido na zona rural da cidade de Afonso Bezerra em 23 março deste ano. A vítima é Jackson Michael da Silva Soares, 24, que foi assassinado com vários disparos de arma de fogo no assentamento Floresta I.
Rosivaldo Azevedo: a advogada diz ter imagens de que ele estava em casa no dia do assassinato
Segundo a advogada Kátia Pinto, que assumiu a defesa dos dois, o juiz de Execuções Penais, Henrique Baltazar, determinou que Wendel e Rosivaldo fossem levados para a Penitenciária Estadual de Alcaçuz, em Nísia Floresta, na Grande Natal. “No entanto, apesar de reformados, eles ainda são policiais e precisam ficar reclusos em uma unidade destinada a presos militares”, explicou.

 Kátia Pinto revelou que tentaria impedir a transferência para Alcaçuz, porém até as 19h30 de ontem os dois continuavam na Deicor. Até o fechamento desta edição, não havia definição sobre o local em que os dois vão cumprir a prisão temporária.

Os PMs reformados foram detidos no início da manhã de ontem por policiais da Divisão Especializada no Combate ao Crime Organizado (Deicor) e do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), no  cumprimento de um mandado de prisão temporária. Ambos foram levados à sede da Deicor, na Ribeira, onde permaneceram por quase dez horas prestando depoimento à delegada Sheila Freitas, titular da Divisão.

A delegada não quis falar com a imprensa, nem forneceu detalhes acerca das investigações, alegando que o caso permanece sob segredo de Justiça, apesar de os agentes da DP terem confirmado que ela daria entrevista após a oitiva.

Os policiais da Deicor também cumpriram um mandado de busca e apreensão na casa de Wendel Fagner na tarde de ontem, no conjunto Gramoré, zona Norte de Natal. Lá, foram recolhidos quatro carregadores de bala, dos quais três estavam cheios, e um cartucho de espingarda calibre 12. Além disso, também foram apreendidos um colete à prova de balas, documentos, um computador e um tablet.  Os agentes permaneceram na frente da residência na rua Nova Gramada durante todo o dia, aguardando a permissão para a entrada.
Wendel Fagner: a defesa diz ter provas de que ele é inocente
A mulher de Wendel estava no local e confirmou que, apesar de terem sido encontradas munições dentro do imóvel, seu companheiro não usa armas. “Ele não pode usar arma e faz tempo que ele não usa, tanto que não foi encontrada nenhuma aqui”, corroborou.

#SAIBAMAIS#A advogada Kátia Nunes alegou que não há como eles terem cometido o homicídio. Segundo ela, existem provas que apontam para a inocência dos dois e que serão utilizadas para compor a defesa e livrá-los da acusação. “Há filmagens e registros fotográficos que mostram Wendel em uma festa de aniversário no dia em que ocorreu o homicídio”, afirmou a advogada. Kátia Pinto também disse que há imagens do circuito interno de câmeras da casa de Rosivaldo Azevedo em que ele aparece, também no dia em que aconteceu o assassinato.

Comandante da PM esperava prisões

A prisão dos dois  já era esperada, pelo menos, pelo comandante geral da PM no Rio Grande do Norte, coronel Francisco Canindé de Araújo Silva. Segundo o oficial, os policiais já vinham sendo monitorados por terem respondido a outros processos. “Não me recordo agora o que eles respondiam, mas sabia que esses policiais, mais cedo ou mais tarde, iam ser pegos pela força-tarefa”, disse coronel Araújo.

O comandante se referiu à força-tarefa montada pela Secretaria de

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