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Demissão de operários paralisa obra da Arena

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Os operários da construção civil que trabalham nas obras do estádio Arena das Dunas para a Copa 2014, vão sair em passeata do canteiro central do consórcio OAS-Coesa até à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), na Ribeira, a partir das 8 horas, para tentarem um acordo sobre a recontratação dos 12 trabalhadores que foram demitidos na segunda-feira, dia 2.
Mobilização ontem pela manhã pedia a reintegração de operários
As obras estão praticamente paralisadas desde a manhã de ontem, depois que uma grande parte dos 600 operários cruzou os braços contra o que consideram “uma retaliação” da parte do consórcio OAS/Coesa.

O representante da comissão dos trabalhadores, André Rogério de Oliveira, disse que havia o compromisso do consórcio “de não demitir nenhum operário de maneira alguma” até a segunda-feira, dia 16, quando o Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil do Rio Grande do Norte

(Sintracon-RN) voltaria a se reunir com as empresas para discutir a questão da produtividade, fruto do acordo feito na última semana de março, quando os trabalhadores conseguiram um abono salarial na folha desse mês.

Os operários do Arena das Dunas ameaçaram pedir demissão coletiva na manhã de hoje, com a entrega das carteiras de trabalho para “dar baixa” em virtude das demissões dos companheiros trabalho, que diziam ser 25.

O gerente de Marketing da OAS-Coesa, Arthur Couto disse que em nenhum momento ocorreu esse acordo de não haver demissões até o dia 16. Ele disse que numa obra “grandiosa” como essa da construção do estádio para a Copa do Mundo,  existe uma “rotatividade” de mão de obra que considera natural e explicou que as demissões foram de ordem “gerencial e administrativa”, sem conotação de retaliação alguma, “porque nenhum dos demitidos são membros da comissão de trabalhadores”.

Segundo Couto, na verdade foram demitidos um funcionário da área administrativa e 11 da área de produção. Ele também confirmou que foram reduzidos de 6% para 2% o desconto do vale-transporte dos trabalhadores e que a participação nos lucros (PL) proporcional será discutida na reunião previamente acordada em março entre o Sintracon-RN e a SRTE.

Já o diretor Financeiro e coordenador de campo do Sintracon-RN, Luciano Ribeiro da Silva, admitiu que o consórcio OAS-Coesa cumpriu o pagamento do bônus em março, mas desde o dia 1º de abril os salários voltaram aos patamares que eram antes da greve de março. Com o abono, o trabalhador qualificado havia recebido R$ 1.002,00 e voltam a receber R$ 827,00, enquanto os serventes e ajudantes tinham recebido R$ 830,00 e retornam para R$ 670,00.

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