Na tarde de ontem (27), por videoconferência a partir da Justiça Federal no Rio, o ex-diretor técnico da Unidade de Pronto-atendimento do Pajuçara e do Ambulatório Médico Especializado (AME) em Nova Natal, ambos da Zona Norte da cidade, Danton Oliveira Novaes, voltou a confirmar o descontrole do estoque de medicamentos da UPA, sobretudo com relação a remédios controlados, como morfina, na época da gestão Micarla.
Danton Novais já havia dado essas declarações em depoimento anterior ao Ministério Público do Estado, ressaltando que considerava o fato “um caso isolado” – ressalva que voltou a fazer ontem.
#SAIBAMAIS#Ele disse que chegou a telefonar para a diretora da Marca, Risiely da Silva Lunkes, informando da diferença a menor, que existia entre a quantidade de medicamentos existente nas prateleiras e o que tinha numa lista documental de estoque, o que – a grosso modo -, segundo ele, representaria uma diferença contábil e financeira de R$ 20 mil na ocasião em que relatou o problema, em 1º de agosto de 2011.
Segundo Novais, as medidas “em termos de controle de medicamentos foram feitas”. Mas ele não soube dizer se a diretora da Marca, que declarara a ele que ia apurar o fato, realmente tomou as medidas administrativas necessárias para apuração de responsabilidades.
O juiz Walter Nunes também também tomou os depoimentos de dois assessores jurídicos da SMS, que confirmaram que os processos da terceirização dos serviços de saúde com a contratação das OS não passaram pelos profissionais do quadro da Assessoria Jurídica daquela Secretaria, a não ser que tenham sido despachados, pela sua chefia direta.
