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Desembargadores votam pela abertura de processo disciplinar contra Dilermando Mota

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O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN) abrirá processo administrativo disciplinar contra o desembargador Dilermando Mota. Na manhã desta terça-feira (18), o relatório sobre a apuração dos fatos que ocorreram no dia 29 de dezembro do ano passado na padaria Mercatto, envolvendo o desembargador, clientes e funcionários do estabelecimento, foi favorável à abertura do processo para apurar se a postura do desembargador foi abusiva e contra o decoro funcional. Todos os magistrados votaram favoravelmente ao relatório.
Desembargadores decidiram abrir processo disciplinar contra Dilermando Mota
O presidente do TJRN, desembargador Aderson Silvino, foi o responsável pela leitura do documento. O magistrado votou pela abertura do processo disciplinar, argumentando que os fatos narrados e registrados por imagens de clientes do estabelecimento mostram que é necessária a apuração sobre a postura de Dilermando Mota. O entendimento foi acompanhado por todos os 13 desembargadores aptos a votar.

#SAIBAMAIS#Agora, o TJ terá 140 dias para ouvir Dilermando Mota e mais testemunhas sobre o caso, além de analisar as imagens de vídeos publicados na internet e também do circuito interno de segurança do estabelecimento. Após isso, a corte decidirá se haverá sanção ao magistrado, que pode ser desde uma advertência até a demissão.
Desembargador Dilermando Mota (ao fundo) acompanhou sessão que resultou em abertura de procedimento administrativo contra ele
Os desembargadores ainda decidiram nesta manhã que Dilermando Mota não será afastado das atividades durante o curso do processo administrativo. O magistrado, que está de férias, acompanhou a sessão. Além dele, não votou a desembargadora Zeneide Bezerra, que também está de férias.

Memória

Na manhã do dia 29 de dezembro, Dilermando Mota se envolveu em confusão na padaria Mercatto, em Natal. O magistrado estava acompanhado pela família e, segundo relatos de pessoas do local, teria ameaçado um garçom caso ele não fosse atendido imediatamente. Um cliente discutiu com o desembargador, cobrando melhor tratamento ao funcionário. Os dois discutiram e outras pessoas também entraram no bate-boca.

Dilermando Mota teria informado que era desembargador e solicitou a presença da polícia, que chegou ao local em poucos minutos. O magistrado exigiu que a polícia conduzisse o cliente à delegacia de polícia, mas as outras pessoas que estavam no ambiente impediram que ele fosse levado. Imagens de pessoas que estavam no local flagraram Dilermando Mota trocando xingamentos com outros clientes, que reclamaram de abuso de poder por parte do magistrado.

O caso logo ganhou as redes sociais e repercussão nacional. O empresário Alexandre Azevedo, que discutiu com o desembargador, disse que quis somente defender o funcionário de uma atitude abusiva e humilhante que teria partido de Dilermando Mota. O desembargador negou abuso de autoridade. A padaria Mercatto lamentou o episódio e garantiu apoio ao garçom.

Atualizada às 12h12

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