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Diabetes avança no Nordeste, diz pesquisa

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São Paulo – Com o objetivo de buscar novas soluções no combate ao crescimento expressivo do Diabetes no país, os cirurgiões Luiz Vicente Berti e Ricardo Cohen coordenaram a maior pesquisa sobre a doença já realizada no país. Feito pela Toledo & Associados junto a 11.528 domicílios, o estudo entrevistou 1.275 pessoas nas cinco regiões do país. Atualmente, a região Norte lidera o número de casos com 13,49%, seguido pela região Sul (13,23), Nordeste (13,19), Sudeste (10,31%) e Centro-Oeste (8,52%).

A pesquisa aponta ainda que há 21 milhões de diabéticos no Brasil, sendo 19,5% com diabetes tipo 1 (já nascem com a doença) e 78,7% com diabetes tipo 2. Desse universo, 69,3% são mulheres e 30,7% são homens, sendo que 59,% têm entre 56 e 75 anos. Uma constatação que desperta interesse é que a maioria dos diabéticos não são obesos, 67,6% têm peso normal (IMC de 18,5 a 24,9) ou sobrepeso (IMC de 25 a 29,9). “A pesquisa revela que nem sempre há relação entre a obesidade e o diabetes, muitos pacientes que sofrem com a doença estão dentro dos limites de peso considerados normais ou poucos quilos acima do ideal”, afirma Cohen, um dos coordenadores do estudo.

Outro dado que surpreende é o número de diabéticos. “A experiência de consultório já demonstrava um crescimento de pacientes com diabetes, mas não esperávamos que a doença atingisse 11% da população. Trata-se de um problema de saúde pública”, afirma Berti, que também coordenou a pesquisa e preside o Congresso da SBCBM.

Ainda sobre o perfil do diabético, 60,6% deles são casados, 42% têm baixa escolaridade e cerca de 78% estão nas classes C, D e E.

Entre as doenças associadas ao diabetes, a hipertensão predomina em 68% dos diabéticos, seguido pelo colesterol (39%), doenças no joelho (31%), doenças vasculares (28%), depressão (17%) e doenças cardíacas (13%). Mesmo diante desse quadro clínico, 55% dos diabéticos vão ao médico apenas uma vez a cada quatro meses. O gasto médio mensal com a doença é de R$ 107,08, o que representa um custo aproximado de R$ 817 milhões/mês.

Realizada em 11.528 residências de diversos municípios espalhados por todo país, a Toledo & Associados entrevistou pessoas pertencentes às classes A/B/C/D/E, com idades entre 18 e 75 anos, residentes nas capitais, regiões metropolitanas ou Interior, nas 5 regiões do país.

O trabalho garante uma amostra representativa da população brasileira, sendo o número amostrado de indivíduos em cada cidade proporcional à população residente no município em questão. Os números revelam o perfil dos diabéticos em nível nacional, divididos por região, de acordo com idade, estado civil, escolaridade e classe social.

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