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DNOCS garante recursos para adutora de Currais Novos e Barragem de Oiticica

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Dos R$ 36 milhões necessários para a construção do Sistema Adutor de Currais Novos, R$ 30 milhões já estão garantidos para este ano. O dinheiro necessário para a continuidade das obras da Barragem Oiticica em 2015 também está assegurado. A informação foi transmitida ao senador Garibaldi Filho pelo diretor-geral do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas, Walter Gomes de Sousa, durante audiência pública na Comissão de Serviços de Infraestrutura, nesta quarta-feira (8), sobre o tema “abastecimento de água potável e esgotamento sanitário”.

Na última semana de maio, o ministro da integração Nacional, Gilberto Occhi, se comprometeu a priorizar a continuidade das obras de construção da adutora que levará água da barragem Armando Ribeiro Gonçalves, em Açu, até o Seridó. “Estive lá com o prefeito de Currais Novos, Isaias Cabral, e relatamos ao ministro a situação de colapso hídrico que a região está enfrentando”, lembrou o senador Garibaldi Filho.

– Os açudes do DNOCS abastecem grande parte das cidades do Nordeste, mas não recebe um centavo por isso. Ninguém quer ter lucro, mas apenas os recursos suficientes para manter estas barragens em dia e conservadas. Fica muito difícil administrar uma empresa sem ter uma definição dos recursos disponíveis. Não existe planejamento bem feito sem definição de valores – afirmou o diretor-geral Walter Gomes.

#SAIBAMAIS#Com relação ao recrudescimento da seca nos últimos cinco anos, o diretor do DNOCS anteviu o aumento das dificuldades em levar água para a população dos estados nordestinos. Walter Gomes estimou que – se medidas não forem adotadas visando aumentar a oferta e reduzir o desperdício – poucas barragens da região vão dispor de água, assim mesmo em quantidade mínima, a partir de 2017. Entre elas estariam o Açude Castanhão (CE) e a Barragem Armando Ribeiro Gonçalves (RN).

Saneamento
O presidente do Instituto Trata Brasil, Édison Carlos, destacou o déficit que o Brasil enfrenta quando se trata de saneamento básico e proteção aos recursos hídricos do país. Mais da metade da população não dispõe de coleta de esgoto (51%) e apenas 39% dos esgotos são tratados. A maior parte dos dejetos é despejada na natureza. “São 35 milhões de brasileiros que não têm acesso à água tratada e 6 milhões sem banheiro”, contabilizou.

Segundo Édison Carlos, os números acima justificam a poluição dos rios urbanos. “São 5 mil piscinas olímpicas de esgoto jogadas na natureza, por dia, no Brasil. O resultado são 400 mil internados por diarreia, como ocorreu em 2011, sendo que 53% dos casos se referiram a crianças entre zero a cinco anos, fora as demais doenças transmitidas por falta de saneamento básico”, declarou o representante do Instituto Trata Brasil.

Por sua vez, o presidente da Associação Brasileira das Empresas Estaduais de Saneamento (Aesbe), Roberto Cavalcanti Tavares, opinou que o modelo de saneamento brasileiro está falido. Ele defendeu uma regulação do setor que permita um único prestador atender a vários municípios, uniformidade na fiscalização e regulação dos serviços. Também defendeu a simplificação na burocracia para os financiamentos e a definição de uma política energética exclusiva para o setor, já que a energia representa entre 15 a 20% do custo total.

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