terça-feira, 23 de abril, 2024
26.1 C
Natal
terça-feira, 23 de abril, 2024

Do Oriente para a América

- Publicidade -

Dois no Mundo

Karla Larissa
– especial para a Tribuna do Norte

Depois de quatro meses no Oriente voltamos ao Ocidente. O voo da Austrália para os Estados Unidos, cruzando o Oceano Pacífico, teve 14 horas de duração. Mas com a diferença de 17 horas no fuso horário para menos, acabamos ganhando tempo de viagem. Os EUA é o 11º de nossa Volta ao Mundo e ficaremos 30 dias no país. Nas nossas duas primeiras semanas, resolvemos explorar o deserto americano: Las Vegas e Grand Canyon e viajar rumo ao norte até o parque nacional do Yellowstone.
Las Vegas é diversão garantida para todas as idades, gêneros e bolsos. É a cidade dos Estados Unidos onde tudo acontece ao mesmo tempo
Las Vegas
O lugar onde tudo acontece. Assim é Las Vegas. A cidade é diversão garantida para todas as idades, gêneros e bolsos. Sim, visitam Vegas muitas famílias com crianças, jovens e idosos. E é possível passear pela cidade de ônibus até limusine, fazer compras em grifes luxuosas ou outlets. Além disso, devido a concorrência, os hotéis costumam ser bem mais baratos que nas outras cidades americanas.

Só em Vegas é possível ver em um mesmo dia a Estátua da Liberdade, uma das Pirâmides do Egito, a Torre Eiffel, uma fonte romana e ainda passear em uma gondôla veneziana. Isso tudo nos hotéis temáticos da Strip, que é a parte mais nova e mais badalada da cidade. Todos eles, é claro, também são cassinos. Aliás, qualquer estabelecimento em Vegas tem, no mínimo, algumas máquinas caça-níqueis. Afinal, foram os cassinos que deram fama à cidade que fica em pleno deserto no estado de Nevada.

Mas não é só isso. Em Vegas estão permanentemente em cartaz grandes shows musicais, de humor, espetáculos circenses, inclusive oito do Cirque du Soleil, além das inúmeras boates com djs renomados e ainda os clubes de strippers. Na avenida principal, Las Vegas Boulevard, também há inúmeros artistas de rua e covers. Os grandes cassinos oferecem ainda atrações gratuitas, como o espetáculo das fontes do Bellagio, o show dos piratas do Treasure Island, a erupção do vulcão do Mirage e o carnaval do Rio, que apesar do nome do hotel, segue o estilo carnavalesco de Nova Orleans.

No entanto, o espírito da antiga Vegas, antes do show business, ainda está preservado no Downtown. A parte mais antiga da cidade, onde tudo começou e estão os cassinos com mais de 70 anos. Para atrair a atenção dos turistas para esta área, todas as noites é realizada a Fremont Street Experience, evento com shows gratuitos de bandas de rock.

Vegas não para. Mas, se transforma à noite com todas aquelas luzes e letreiros. Aliás, quem deu a Paris o título de cidade luz não passou por Las Vegas, que assim como a capital francesa, também pode ser romântica. LV é sinônimo não só de jogatina, mas também de casamentos. São dezenas ou centenas de capelas, desde as mais tradicionais em Downtown até as mais modernas dentro dos cassinos, onde é possível casar com Elvis como celebrante ou não. Lá, não tem isso de tradição, cada um casa como bem entender, e tem até casamento em Drive Thru a bordo de uma limusine.

Chegamos em Vegas para ficarmos quatro dias, ficamos mais um e ainda deveremos ficar outra noite após a visita ao Yellowstone. Vegas não se esgota, há sempre o que fazer e motivos para voltar.

O irreal ao vivo e em cores

De Vegas seguimos viagem deserto a dentro rumo ao Grand Canyon, no estado do Arizona. A paisagem do deserto americano é formada por muitas montanhas que, de tão impressionantes, não parecem ser reais. No caminho, o Hoover Dam é parada quase que obrigatória. A grandiosa barragem é responsável por prover o abastecimento de água e energia para o Sudoeste dos EUA.
Grand Prismatic Spring: a maior fonte de águas termais do parque
Pouco mais de 4h de viagem e chegamos à área sul (South Rim) do Grand Canyon. O parque nacional está dividido em duas regiões (Norte e Sul). Escolhemos o Sul por ser mais próximo de Vegas e oferecer melhor infraestrutura, com opções de hospedagens; campings, que foi a que escolhemos; lojas e restaurantes. No South Rim também há um sistema de ônibus gratuito com três linhas que levam os visitantes aos principais mirantes desde antes do nascer do sol até depois do pôr-do-sol.

Apesar de ser no meio do deserto, o parque fica a uma altitude média de 2.100 m e as temperaturas no verão, estação atual no hemisfério norte, varia entre 10º C a 30º C. Já no inverno, a máxima é de 10º C e a mínima chega a -7º C.

Qualquer foto, filme ou imagem que você já tenha visto do Grand Canyon não é suficiente para prepará-lo(a) para vê-lo ao vivo. É impossível não se impressionar a cada novo mirante.

A história da formação do Grand Canyon remonta há quase 2 bilhões de anos, praticamente metade da idade do planeta Terra e é resultado de diversos processos de erosão, movimentos tectônicos e atividade vulcânica.

As montanhas, que chegam a ultrapassar os 2 mil metros de altitude, são entrecortadas pelo rio Colorado e pequenos riachos.
Dentro de sua gigantesca área há uma grande diversidade de fauna e flora. Entre os animais mais vistos em uma visita pelo parque estão os veados, esquilos e alces.

No Grand Canyon também viveram diversas tribos de índigenas americanos. Hoje, ainda há nativos na região, que vivem da venda de artesanato, em barraquinhas próprias ou revendidas em lojas dentro do parque.

O Grand Canyon pode ser visto dos mirantes e também explorado em passeios de mulas e escaladas. Mas todo cuidado é pouco na hora de descer para os câniones, pois acidentes são frequentes, inclusive, com vítimas fatais.

De todos os lugares que estivemos em mais de quatro meses de Volta ao Mundo, o Grand Canyon foi um dos mais incríveis que já vimos. Uma experiência inesquecível.

Ursos, lobos, coiotes, esquilos, búfalos…

Do Grand Canyon ao Yellowstone levamos mais um dia e meio de viagem de carro para o norte do país. Mas a visita ao parque vale cada minuto de estrada.

De tão grande, o Yellowstone, que foi o primeiro parque nacional dos Estados Unidos e o primeiro do gênero no mundo, instituído em 1872, está distribuído em três estados norte-americanos: Idaho, Montana e Wyoming. É neste último que fica a maior e principal área.
Cachoeira no Yellowstone: o primeiro parque nacional dos EUA
No parque há várias vilas com opções de hospedagem, lojas e outros serviços. E assim, como no Grand Canyon, resolvemos acampar.  Mas desta vez, tivemos que assinar um termo de compromisso  de que estávamos cientes de que aquela é uma área de ursos.

A vida selvagem no Yellowstone é riquíssima e além dos ursos marrom (Grizzly) e o preto há também lobos, coiotes, alces, aves, esquilos, veados e búfalos. Esses três são os mais fáceis de encontrar no parque. Mas também conseguimos ver um urso preto.

Além dos animais, as principais atrações do parque, que é uma imensa floresta de pinheiros, são os gêiseres. Em nenhum outro lugar no mundo há tantos quanto no Yellowstone, que estão em plena atividade. Os mais famosos deles são o Old Faithful, que tem erupções em intervalos entre 40 a 126 minutos e o Midway Geyger Basin, onde está o Grand Prismatic Spring, a maior fonte de águas termais do parque, com sua colaração azul, amarelo e laranja.

Na área do Yellowstone ainda há inúmeras cachoeiras, lagos, rios e também um Grand Canyon.

Para conhecer as principais atrações do parque leva no mínimo dois dias e é necessário carro, pois não há serviço de ônibus e as distâncias são enormes. Há também várias trilhas que podem ser feitas a pé ou bicicleta.   

Costa Oeste

Nos nossos próximos 15 dias pelos Estados Unidos, iremos viajar pela costa Oeste do país. De San Francisco a San Diego.

- Publicidade -
Últimas Notícias
- Publicidade -
Notícias Relacionadas