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Do Passado ao Presente

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Woden Madruga [ [email protected] ]

O Senado Federal, através de sua Secretaria de Editoração e Publicações, acaba de publicar o livro-álbum Natal Foto-Gráfico do Passado ao Presente, do arquiteto João Maurício Fernandes de Miranda, edição revista e a ampliada de sua obra anterior, 380 Anos de História Foto-Gráfica da Cidade de Natal, publicada em 1981 pela UFRN, e esgotada. Acabo de dar uma passada por suas 219 páginas. É uma viagem emocionante por uma Natal que, em grande parte, já não existe. Mas do qual a gente conheceu muita coisa. Ao mesmo tempo sente-se uma tristeza doída quando se compara as fotos de ontem como o que  se vê hoje. Belo trabalho de João Maurício. A maioria dessas fotos pertence ao rico acervo do doutor Manoel Dantas, o jornalista, o educador e  escritor, e que foi prefeito (intendente) desta Cidade.

Na apresentação do seu trabalho, João Maurício destaca: “Comparar, por meio de fotos, as transformações por que vem passando a cidade, constatar onde era ou fora este ou aquele prédio, monumento, praça, jardim ou logradouro público, denunciar a destruição desta ou daquela obra do passado, é minha contribuição para a história.”

Acrescenta:
“A partir, do início da década de 30, passei a conhecer parte daquele cenário urbano, reavido quando pus os olhos no valioso acervo  fotográfico deixado pelo Dr. Manoel Dantas, pai de Osório Dantas, que me cedeu para ser publicado pela 1ª vez até então desconhecido e passou a ser copiado sem a ética de citar a fonte. Este acervo deixou registrado a cidade, as autoridades, as pessoas simples, suas festas, seus costumes, seu vestuário, seu mobiliário. Escolhi o ‘cenário urbano’”.

João Maurício arremata: “Convido todos para um passeio através  do tempo por essa cidade que ainda é possível continuar bela se puder contar, é claro, com a beleza interior de cada um”. O autor oferece o livro a Osório Dantas (1910-2004) e a sua esposa D. Sílvia Ramalho Dantas, “por terem proporcionado este passeio ao passado por meio das fotografias deixadas pelo Dr. Manuel Dantas”.

Uma das primeiras fotos do livro mostra a então Praça Leão XIII, na Ribeira hoje Praça Capitão José da Penha, cujo centenário de morte ocorre amanhã infelizmente apagado na memória de seus conterrâneos potiguares. No primeiro plano,  à direita, a ampla casa, de linhas sóbrias, onde morou José da Penha, derrubada nos meados da década de 30 para se construir no local o Grande Hotel. Naquele tempo a Tavares de Lira não ultrapassava a Duque de Caxias. Nem a avenida Rio Branco chegava à Ribeira e ninguém subia no rumo de Petrópolis, pois não existia a Cordeiro de Faria, um casario colado à Igreja do Bom Jesus das Dores (vista aos fundos) barrava qualquer passagem. A praça arborizada  era uma das mais bonitas da cidade. Era. E a Ribeira era um bairro onde moravam algumas das famílias mais  tradicionais do Estado. Imagine…

Vamos aguardar o lançamento do livro de João Maurício (são 452 fotos de Natal e outras juntadas pelo o autor). Em suas páginas ele fala também sobre os arquitetos, engenheiros e urbanistas que participaram dos vários projetos de urbanização de Natal, a partir do primeiro, Antônio Polidrelli.  Passa por Herculano Ramos, Miguel Micussi, Giacomo Palumbo (que não tem nada de nada a ver com Petrópolis e Tirol), Saturnino Brito, Moacyr Gomes da Costa e Daniel Holanda, os dois últimos que foram colegas de escritório do autor.

Tempo de chuva
Expectativa grande em torno do relatório da  III Reunião Análise e Previsão Climática para o Nordeste que será anunciado no começo da tarde de hoje. O pessoal está reunido derna de ontem. São meteorologistas de todo o Nordeste mais outros colegas de fora. Vamos saber como será a quadra chuvosa para aos meses de março, abril e maio. São José está anotando tudo.

Até agora todos os sinais do céu são positivos, indicadores de um ano normal de inverno no semiárido. Amém. Basta conferir as chuvas nos vários pontos do sertão nordestino: Piauí, Ceará, Pernambuco, Paraíba, Oeste e Seridó rio-grandenses.

Chuvas na Tromba
O boletim de ontem da Emparn registra ocorrências de chuvas em mais de 40 municípios do Oeste. A maior delas foi em Umarizal, 70 milímetros. Viva! Seguem Riacho da Cruz, 57, Olho D’água dos Borges, 55, Viçosa, 49, Apodi e Martins, 45, Coronel João Pessoa, 42, Lucrécia, 36, São Rafael e Rafael Godeiro, 35, Rafael Fernandes, 30 (muito Rafael…), Pau dos Ferros, 28, Caraúbas e São Francisco do Oeste e Severino Melo, 26, São Miguel, 23, Patu, 22, Itaú, 21, Francisco Dantas, 20, Frutuoso Gomes, 19, Itajá, 16, Ipanguaçu e Tabuleiro Grande, 15.

No Seridó
Em Caicó (Mundo Novo) a chuva foi de  44 milímetros, São João do Sabugi, 40, São José do Seridó, 35, Florânia, 23, São Fernando, 13, Caicó (Batalhão), 10. Chuvas finas em Cerro Corá, Cruzeta e Ouro Branco. Os blogues seridoenses estão noticiando os rios com cheia, incluindo o Seridó que vai no caminho do Itans. Que está pegando água. A Barragem Dinamarca, em Serra Negra do Norte, está prestes a sangrar, faltando coisa de 30 centímetros.

Na Paraíba
Zito Saldanha telefona no meio da madrugada para dar notícia de chuvas na Paraíba: Catolé do Rocha, Belém do Brejo do Cruz, Riacho dos Cavalos, Paulista, Pombal, esticando na direção de Souza, Cajazeiras, aqui parede-e-meia com o Cariri cearense, a região mais chovida daquele Estado.

Ainda não consegui falar com Manelito para saber das notícias de Taperoá. Mas tenho notícias de Picos, no Piauí. Chove lá há alguns dias e o Rio Guaribas, que atravessa o município, está com cheia. Chove bastante no sul do Piauí, região do Gurguéia. No Ceará choveu ontem em 105 municípios. As melhores chuvas foram na região da Ibiapaba, que  corre vizinha ao Piauí. Também chuvas grossas na Jaguaribana que faz divisa com o Oeste do Rio Grande do Norte.

Copa
O jornal Folha de S. Paulo está perguntando, numa enquete: “A organização da Copa no Brasil será bem sucedida?” O placar, até ontem, estava assim: NÃO, 80%; SIM, 20%.

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