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Doenças impactam qualidade de vida

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De acordo com Wang, a análise do banco de dados do São Paulo Megacity permitiu separar as 14 condições crônicas referidas pelos entrevistados em quatro padrões de doenças que se correlacionam fortemente, ou multimorbidade: um de doenças dolorosas, ansiedade e depressão; outro de doenças metabólicas e artrite; um terceiro relacionado a abuso de substâncias; e um quarto, mais biológico, que inclui câncer e quadros neurológicos.

“Decidimos então investigar o que determinava esse padrão de concentração de doenças. Para isso, usamos uma técnica estatística chamada análise fatorial. Criamos um indicador, que é um coeficiente de regressão, e testamos vários modelos de análise multinível para avaliar o quanto cada um dos fatores individuais e contextuais influenciam em cada um dos quatro padrões de multimorbidade”, disse Wang.

#SAIBAMAIS#Os resultados mostraram também que as doenças cardiovasculares, os transtornos de ansiedade e a depressão foram as doenças que apresentaram maior associação com outras condições crônicas. Os pesquisadores estimam que sejam as que impactam mais fortemente a qualidade de vida dos afetados. Esses resultados confirmam as informações recentes do estudo Carga Global de Doenças 2010 para o Brasil. Na opinião dos pesquisadores, os dados apontam para a importância de reformular o treinamento médico de forma a oferecer aos pacientes um tratamento mais integrado.

“No Brasil, a medicina está muito especializada. O cardiologista cuida do coração, o pneumologista, do pulmão, e assim por diante. Mas, na realidade, o cardiologista também deve estar preocupado com a depressão, ansiedade ou dor, pois essas condições muitas vezes estão associadas”, opinou Wang.

“Transtornos mentais são muito prevalentes e costumam ocorrer junto com as demais doenças crônicas. É necessário, portanto, incluir a psiquiatria no planejamento de estratégias de prevenção e de tratamento”, ressaltou Laura Helena. A pesquisa também contou com apoio da FAPESP por meio do projeto “Identificação dos diferentes subgrupos de usuários de álcool e fatores associados na região metropolitana de São Paulo.

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