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“É sempre muito bom poder representar o nosso Estado”

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O atleta para-olímpico Clodoaldo Silva conseguiu novo patrocínio e anunciou ontem que vai “pendurar a sunga” no segundo semestre do ano que vem. O nadador vai representar o Brasil e o Rio Grande do Norte nos jogos Parapan-Americanos, em Guadalajara, entre os dias 12 e 20 de novembro, e vive a emoção de ser pai. A pequena Anita, nome que Clodoaldo escolheu para a filha, pode nascer enquanto o “Tubarão Para-olímpico” estiver no México. Clodoaldo Silva falou deste e de outros assuntos relacionados à sua carreira no esporte em entrevista à TRIBUNA DO NORTE. Confira entrevista:

Clodoaldo Silva: Não vou prometer medalhas, porque quem faz promessa é político.Você vai representar mais uma vez o Rio Grande do Norte em uma competição internacional. Como é o sentimento de viver esta experiência de novo?

É sempre muito bom poder representar o nosso Estado. Apesar de por várias vezes ter feito isso, a emoção e o frio na barriga são os mesmos. Fico muito feliz quando chego nos lugares e sou reconhecido pelas pessoas. Mas a minha maior felicidade não é apenas de ser o nadador recordista Clodoaldo Silva, mas de ser o nadador potiguar Clodoaldo Silva.

Estes jogos podem ter um sabor diferente para você. Além de buscar medalha, sua mulher está grávida e o bebê pode nascer durante os jogos. A pressão aumenta?

Isso mesmo. Eu e Patrícia, minha mulher, aguardamos com ansiedade a chegada da pequena Anita. Apesar de ela poder nascer durante competição, eu não gostaria que isso acontecesse, porque eu prefiro estar perto de Patrícia quando nossa filha for nascer.

Você afirmou que vai abandonar as piscinas. Não acha que poderia esperar até as olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016?

Pretendo “pendurar a sunga” no segundo semestre de 2012, porque acredito que já realizei muitos feitos dentro das piscinas. Depois de parar, pretendo alcançar conquistas fora das águas. Quero divulgar o esporte para-olímpico e tocar meus projetos sociais. Eu já tenho hoje a ideia do “Instituto Clodoaldo”, que ainda não coloquei em prática e é uma das coisas que pretendo dar prosseguimento após a aposentadoria.

Você vai representar uma escola de samba no Carnaval carioca do ano que vem. Como é que aconteceu o convite?

A Grande Rio decidiu ter como tema de samba-enredo a superação, devido aos incidente ocorrido este ano, quando várias alegorias das escolas de samba ficaram danificadas após um incêndio. Durante o carnaval de 2011 eu estive em Recife, no Galo da Madrugada e fui assunto em rede nacional. O carnavalesco Cahi Rodrigues viu a reportagem e teve a ideia de me convidar para representar o tema escolhido, a superação. Há um mês ele oficializou o convite e eu fui até o Rio de Janeiro conhecer a escola de samba. Gostei da ideia e topei.

Natal só foi tema de samba-enredo na ocasião em que completou 400 anos, e agora de novo, com você. Qual é a sensação de representar sua cidade desta forma?

Fico muito feliz. Às vezes eu me pergunto qual é a minha importância para o Brasil, mas eu nunca consigo ter a real dimensão. A cada homenagem, cada convite como este me mostra a grandeza desta minha representatividade. Eu nunca imaginei, por exemplo, que uma criança sem deficiência fosse ter como ídolo um deficiente físico. Isso para mim é bastante gratificante.

Quais são suas expectativas para o desempenho nas provas?

Não vou prometer medalhas, porque quem faz promessa é político. O que posso dizer é que me dedicarei bastante e darei o máximo de mim para voltar com bons resultados.

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