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Em dois meses, seis PMs já foram baleados em Natal

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Em dois meses seis praças da Polícia do Militar do Rio Grande do Norte foram alvos de atentado, sendo que três deles morreram em tentativas de assaltos. O último caso de tentativa de roubo contra um PM ocorreu às 5h30 de ontem (30), em Nordelândia, loteamento situado ao lado do conjunto Nova Natal, na Zona Norte da cidade. A vítima foi o soldado Marcos Antonio da Silva, de 49 anos, baleado na cabeça por um indivíduo que saia do matagal, ao lado da linha férrea. O criminoso abordou Marcos que se deslocava de bicicleta para o local de trabalho – o 4º BPM, na Zona Norte.
Durante a manhã, a cavalaria da Polícia Militar fez buscas na área do loteamento Nordelândia
A mulher do soldado Marcos Antonio, a agente de segurança Lenice do Nascimento, disse que o marido tinha terminado de deixá-la no trabalho, e teria dito que iria para casa da mãe dele, em Nova Natal. Até o começo da noite de ontem, o praça, que tinha 23 anos de corporação, estava em coma, no Hospital  Monsenhor Walfredo Gurgel.

A Polícia trabalha com a hipótese de que a vítima tenha reagido, tendo o assaltante escapado e deixando para trás a bolsa do soldado, onde também estava uma carteira de documentos e sua pistola. A PM fez uma operação policial durante toda a manhã de ontem, na tentativa de localizar o acusado do homicídio, mas até o fechamento desta edição nenhum suspeito havia sido detido.

Levantamentos da TRIBUNA DO NORTE  mostra que no dia 20 deste mês um cabo da Companhia de Guarda da PM também foi baleado em tentativa de assalto, na Lagoa Azul, Zona Norte, e sobreviveu. Em 1° do outubro, noite de quinta-feira, o sargento aposentado da PM, Almir Lúcio da Silva, 53 anos, foi morto a tiros em frente a uma residência, no Parque Industrial, em Parnamirim, na Região Metropolitana de Natal, onde participaria de um culto evangélico.

Já na noite de 26 de setembro dois policiais militares foram alvejados a tiros num suposto assalto, no conjunto Pajuçara, também na Zona Norte de Natal. Na ocasião, morreu o soldado Daniel Henrique da Silva, de 32 anos, que era lotado na Companhia de Guarda, enquanto o colega dele, o soldado Manuel Medeiros da Cunha, saiu ferido, tendo recebido alta hospitalar recentemente.  Cunha é lotado no 4ºBpM.

Outra vítima de homicídio em tentativa de assalto, foi o soldado Márcio de Souza Costa, de 38 anos, alvejado com cinco tiros na noite do dia 18 de setembro, na rua Parque dos Igarapés, em Nova Esperança, na cidade de Parnamirim.

O soldado Costa havia deixado dois filhos na casa de uma amiga, ocasião em que foi abordado por dois homens em uma motocicleta, quando já estava dentro do seu carro com a esposa. Ele foi  forçado a sair do  automóvel e tentou desarmar um dos assaltantes, mas acabou baleado cinco vezes na cabeça.

O presidente da Associação de Praças e Soldados da PM, Roberto Campos, disse que a situação da violência contra policiais militares “é imcompreensível”. Ele defende que o  governo e outras instituições, como o Ministério Público, Tribunal de Justiça e as Polícias Civil e Militar possam se unir “para tomar medidas para coibir a criminalidade”.

Campos defende, inclusive, que os praças, que já têm garantido o direito de usar as armas que portam em serviço, quando se deslocam de volta para as suas casas depois do trabalho, também tenham direito a usar o colete individual à prova de bala.

O dirigente da Associação de Praças sugere que os soldados, cabos e sargentos também possam voltar para casa em viaturas “como já ocorre com os oficiais”.

“Acho que dos trabalhadores que atuam na área de segurança, os PMs estão sendo os mais visados e expostos”, disse ele. Roberto Campos acredita que  existe uma ação direcionada contra os praças, embora tenham ocorrido casos em que os alvos de atentado também tenham sido agente penitenciários e agentes de segurança privada, tendo como alvo as armas que eles possuem.

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