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Empresa planeja investir R$ 450 mi em usinas no RN

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O Rio Grande do Norte poderá ser alvo de R$ 450 milhões em investimentos em energia solar, se considerados apenas os planos da empresa Helius Projetos, que recebeu licença prévia do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e de Meio Ambiente (Idema) para instalar um total de três usinas nos municípios de Currais Novos e Areia Branca. A empresa foi criada para disputar o primeiro leilão de energia que incluirá a fonte solar e que está previsto para dezembro.

A execução dos projetos, explica Roberto Sedda, engenheiro de Desenvolvimento da empresa, depende primeiro da aprovação dos três projetos no leilão, previsto para o dia 13. Caso sejam aprovadas, as usinas começam a ser instaladas no segundo semestre de 2015 e deverão começar a gerar energia em 2018. “Um projeto como esse exige pelo menos um ano de elaboração. O que temos pronto é o projeto básico. Precisamos elaborar o projeto executivo, além de obter novas licenças e a autorização para funcionamento das usinas”, disse.
Painéis de energia solar em Natal: Fonte de energia será uma das comercializadas em dezembro
Durante o período de obras, devem ser gerados 360 empregos diretos. Número que cairá para 60, durante a fase de operação. Caso não sejam contratados durante o leilão, os projetos serão inscritos nos leilões previstos para os próximos anos, diz o engenheiro.

Os parques, considerados de grande porte, são os primeiros da empresa no país a disputar um leilão de energia e deverão gerar, juntos, 90 megawatts (MW) de energia. A empresa confirmou o interesse em instalar novas usinas no Rio Grande do Norte e já disse ter projetos para outros estados do Nordeste, como Paraíba e Pernambuco.

O número de usinas, o local e o valor a ser investido num possível plano de expansão não foram revelados pela Helius, que é composta por sócios brasileiros e espanhóis e tem sede em Natal.

O Nordeste, explica Sedda, foi escolhido pela capacidade de gerar energia solar, e o Rio Grande do Norte foi o primeiro a disputar o leilão, pela agilidade na negociação das terras.

Transmissão

Embora as usinas só comecem a gerar energia em 2018, caso sejam aprovadas no leilão de dezembro, a empresa já demonstra preocupação com a carência de subestações e linhas de transmissão de energia no Rio Grande do Norte.

“As usinas solares exigiriam a mesma infraestrutura que os parques eólicos necessitam hoje para escoar a energia que geral. Em princípio, acredita-se que tudo estará ‘ok’ em 2018, mas existe o risco de não estar”, observou Roberto Sedda. Alguns parques eólicos estão ociosos há meses por falta de linhas de transmissão, que os conectem ao sistema nacional, como ocorrerá com as usinas solares.

O número de projetos inscritos para o o leilão de energia A-5/2013, que será realizado no dia 13 de dezembro visando à contratação de eletricidade para abastecer o mercado em 2018, bateu recorde, informou a Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

Ao todo, foram cadastrados 929 projetos, o maior número registrado desde que o governo federal passou a realizar leilões públicos para contratação de energia, em 2005. O RN, que cadastrou projetos de energia eólica e solar, teve o terceiro maior número de projetos e a terceira maior oferta de energia eólica entre os estados. Foram 125 projetos de eólicas, somando 3.059 MW.

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