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Espantando o risco

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Isaac Ribeiro
Repórter

Em tempos de dengue, febre chikungunya e zika vírus — sendo esse o causador do atual surto de microcefalia em bebês recém-nascidos — repelente contra mosquitos virou artigo disputado e objeto de muitas dúvidas, principalmente, por parte das gestantes. A pergunta que muitos fazem neste momento é: afinal, grávida pode usar o produto?
Ministério da Saúde recomenda uso de repelentes por grávidas e Anvisa indica os produtos à base da substância n,n-Dietil-metatoluamida (DEET) como ideal para elas na luta contra o Aedes Aegypit
A dúvida é quanto os princípios ativos das principais marcas existentes no mercado. Será que as substâncias químicas da composição podem atingir o feto e prejudicar o bebê, em vez de proteger contra a ação do Aedes Aegypit, transmissor de todas essas doenças?

#SAIBAMAIS#A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) esclarece não haver impendimento no uso dos repelentes por grávidas, desde que esses produtos estejam registrados na própria agência reguladora e que sejam seguidas as orientações nos rótulos.

Desde que foi confirmada a relação entre o zika vírus na gestação e os casos de microcefalia, o Ministério da Saúde passou a recomendar o uso de repelente para se proteger do  Aedes Aegypit.

De acordo com uma nota emitida pelo MS, estudos indicam que é seguro o uso tópico de repelentes à base da substância n,n-Dietil-metatoluamida (DEET) por gestantes. Porém, existem algumas recomendações: crianças menores de 2 anos não devem receber a aplicação; em crianças entre 2 e 12 anos, a concentração do produto deve ser no máximo 10% e a aplicação deve se restringir a três vezes por dia. Concentrações superiores a 10% são permitidas para maiores de 12 anos.

Outras alternativas

Existem outras substâncias repelentes usadas atualmente no Brasil, como Hydroxyethyl isobutyl piperidine carboxylate (Icaridin ou Picaridin) e Ethyl butylacetylaminopropionate (EBAAP ou IR 3535), e ainda  óleos essenciais, como citronela. Também existem receitas de repelentes naturais e caseiros.

A apresentadora Bela Gil, do programa Bela Cozinha, do canal GNT, repercutiu nas redes sociais uma receita de repelente caseiro, um à base de cravo e outro de citronela; e ainda óleo de neem (planta indiana). Além de criticar os repelentes industriais, recomendou esses como mais indicados.

A enfermeira e professora universitária Fernanda Thelma comenta que a Anvisa coloca em questão a eficácia desses repelentes naturais, por não ser comprovada cientificamente. “A atuação deles é bem menor, bem inferior, aos demais. E com relação àqueles caseiros, que estão bombando por aí, no Youtube — se você for pesquisar sobre repelente está cheio e estão sendo super acessados por conta da situação atual — coloca-se que não são recomendados porque não existe comprovação da eficácia deles.” A enfermeira ainda observa que, com relação ao uso por gestantes, o IR 3535 e o DEET são mais indicados, sendo o primeiro mais recomendado devido à sua menor toxicidade. “Ele tem um período de duração médio de 3h a 4h, pode ser usado inclusive por crianças a partir de seis meses. Já os outros dois, só podem ser usados por crianças a partir de dois anos de idade; abaixo disso não deve ser usado.”

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