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Ex-mulher de empresário espanhol morto é apontada como mandante do crime

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A Polícia Civil elucidou o assassinato do empresário espanhol Francisco Angel Moreno Matellano, de 52 anos, morto a facadas no dia 23 de fevereiro no apartamento onde morava, no bairro de Ponta Negra, em Natal. A ex-companheira da vítima, considerada a mandante do crime, e o irmão dela foram indiciados por latrocínio.
As informações foram divulgadas na manhã de hoje (12) pelo delegado Graciliano Lordão, responsável pelo caso. Segundo ele, o assassinato ocorreu porque a ex-companheira, a dona de casa Eliane Caetano Pereira, mais conhecida como “Lena”, de 23 anos, queria ficar com a herança do espanhol, já que eles têm um filho de dois anos de idade. Ela nega as acusações. Francisco Matellano havia deixado dois apartamentos e o dinheiro da venda de outro imóvel.
Segundo as investigações, a ex-companheira da vítima, foi a mentora do crime, tendo planejado, facilitado e ordenado a morte do espanhol. O relacionamento do casal teve início em 2009, mas há algum tempo não moravam na mesma casa. 
A acusada foi indiciada por latrocínio e está presa há cerca de 70 dias, cumprindo dois mandados de prisão temporária e um mandado de prisão preventiva. O irmão dela, Francisco Pereira Júnior, também foi indiciado por participação, mas responde ao processo em liberdade. Ele teria dado apoio apó o assassinato, limpando o local do crime.
#SAIBAMAIS#O principal suspeito de ser o executor do crime está preso por roubo, cuja prisão ocorreu dias depois do assassinato do espanhol. Ele teria recebido a quantia de R$ 2 mil para matar o espanhol.
Para o delegado, o caso foi difícil de ser investigado tendo em vista que o espanhol não possuía familiares em Natal, não houve testemunhas do crime e nem câmeras no apartamento. “Nós fomos colhendo informações, detalhes, depoimentos de pessoas que conheciam a vítima e provas técnicas até chegar a conclusão do inquérito”, explicou o titular da 15ªDP.
Na coletiva, o delegado Lordão revelou alguns pormenores do inquérito policial e dos vestígios que apontam para a participação dos acusados. Segundo ele, foram detectadas marcas de sangue no ralo do banheiro e na pia do apartamento de Eliana (eles moravam no mesmo prédio, mas em andares diferentes), mas ainda não há resultados dos exames laboratoriais do material colhido.
Além desses vestígios, contradições no depoimento da acusada e alguns detalhes de como se deu o crime são indícios da participação dela no assassinato. “A cena do crime mostra que quem entrou no apartamento do espanhol entrou com a permissão dele”, frisou. O delegado disse ainda que dias antes do crime o casal havia discutido por conta de questões financeiras, pois a mulher pedia dinheiro para o filho deles.
Lordão espera agora confirmar a participação do suspeito de ser o executor do crime. “Nós ainda estamos aguardando a quebra do sigilo bancário da vítima para saber se o dinheiro da venda do apartamento foi depositada na conta dele ou se podia estar no imóvel onde ele morava e também a quebra do sigilo telefônico do suspeito de matar o empresário”, concluiu.
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