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Exames confirmam dengue e descartam chikungunya

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O município de Natal já teve 200 casos suspeitos de febre chikungunya do início de fevereiro até dia 2 deste mês, mas até agora nenhum confirmado. Para a coordenadora de Vigilância em Saúde de Natal, Juliana Araújo, esse número de suspeitas deve-se à orientação de uma nota técnica da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sesap). “Frente à introdução da doença no Brasil, o Estado orientou que os municípios notificassem qualquer suspeita de doença exantemática, como sendo chikungunya”, disse Juliana. Esse tipo de procedimento é normal na Vigilância Epidemiológica quando uma nova doença ameaça uma determinada região. 
Agentes de endemias fazem trabalho preventivo contra o Aedes aegypti em bairros de Natal
No entanto, entre as tais doenças exantemáticas (os pacientes apresentam manchas vermelhas, febre, dor no corpo e dor de cabeça) também está a dengue. Portanto, com a nota técnica da Sesap os serviços de saúde voltaram sua atenção para a doença que também é transmitida pelo Aedes Aegypti e introduzida ano passado no Brasil.

Só que nesse meio tempo, a atual epidemia de dengue estava em progresso. Mesmo assim, Juliana afirma que os números da epidemia de dengue não chegaram a ficar mascarados. “Quando o Laboratório Central fazia a sorologia e não confirmava, também fazia a sorologia para a dengue. Quando nós detectamos um surto de uma doença causado pelo mesmo vetor, a dengue, nós reorientamos os serviços de saúde para que realmente todas as suspeitas de doenças exantemáticas fossem notificadas como dengue, ou seja, seja notificada como aquele doença que está circulando em pico no nosso município”, acrescentou.

Ainda segundo a coordenadora, essa reorientação possibilitou ter a magnitude em que a doença estava afetando a população.  “Novos aparecimentos de focos, novos bairros com estado crítico, novos distritos com incidência mais alta tanto da doença quanto do vetor. E essa orientação está sendo feita para que a gente tenha uma realidade”, comentou.

Entretanto, a responsável pela Vigilância em Saúde reconhece que a estratégia de voltar os olhos para a nova doença pode ter retardado ações. “Mas como a notificação inicial de suspeita era de chikungunya, e a gente trabalha as ações em cima das notificações, pode haver um pequeno retardo. A importância de iniciar a ação com a notificação é a oportunidade de agir e do controle da epidemia”, explicou Juliana Araújo.

Com epidemia confirmado há quinze dias, os casos de dengue nesses dois primeiros meses do ano (ou primeiras semanas epidemiológicas) chegam a 706 segundo a responsável pela Vigilância em Saúde de Natal. No mesmo período do ano passado, foram 194 casos.

Por falar em ações de combate ao alastramento da doença, os agentes fumacês começaram ontem o combate ao mosquito adulto. Os bairros de Mãe Luíza, Nazaré, Quintas, Felipe Camarão, Petrópolis e Barro Vermelho foram os primeiros a receber a fumaça química. Os bairro estão exatamente nos distritos com maior registro de casos neste ano: Leste e Oeste.

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