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Expectativa é por cenário mais favorável

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Embora Aldemir Freire, economista e chefe do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no Rio Grande do Norte, não acredite em solução a curto prazo, produtores como Roberto Belarmino, que mantém um laticínio em Macaíba, já enxergam uma luz no fim do túnel.
Oferta de leite reduzida comprometeu a operação das indústrias de laticínios e fez os preços dispararem para o consumidor
Chuva, queda no preço dos grãos – em função do aumento da safra e da redução do rebanho, e possibilidade de renegociação das dívidas rurais desenham, segundo ele, um cenário um pouco mais favorável para quem não abandonou a atividade.  O produtor Jaedson Dantas, de São José do Seridó, concorda. Embora não tenha registrado perdas significativas no rebanho, ele também aguarda o período da bonança.

Na última semana, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Antônio Andrade, esteve no Rio Grande do Norte para anunciar a elaboração de mais um plano de refinanciamento das dívidas rurais, desta vez voltado para o semiárido.

Para manter o gado alimentado, Jaedson tem trazido bagaço de cana e milho de estados como Alagoas, Pernambuco e Ceará. Por semana, chega a descarregar até duas carretas. O preço do frete oscila, e por vezes supera os R$ 2 mil, por carreta.

Para Marco Aurélio de Sá, presidente da Associação Norteriograndense dos Criadores (Anorc), o pior já passou. Anderson Dantas, de Parelhas, também acredita nisso. Ele foi um dos poucos que não perdeu animais em função da seca no município. “Conheço muitos produtores que perderam tudo e fecharam a propriedade”, diz.

Ele é integrante do programa Balde Cheio, idealizado pela Embrapa, que usa uma metodologia inédita para transferir tecnologia e contribuir para o desenvolvimento da pecuária leiteira em propriedades familiares, e cobra mais investimentos em programas de extensão rural. “A gente conseguiu se virar, mas muitos produtores não conseguiram”.

Estima-se que, devido a seca metade do rebanho potiguar tenha morrido ou sido vendido para abatedouros. A Secretaria de Agricultura do Estado aguarda a recontagem dos animais para divulgar os números oficiais.

SAIBA MAIS

ENEL

Alternativas para recuperar a produção e fortalecer o setor foram discutidas ao longo da semana durante o 4º Encontro Nordestino do Setor de Leite e Derivados, realizado pelo Sebrae RN e a Associação Norteriograndense de Criadores (Anorc), no Parque Aristófanes Fernandes, em Parnamirim. O evento, que recebeu a visita do ministro da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa), Antônio Andrade, reuniu especialistas e produtores de todos os estados da região.

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