Para o Rio Grande do Norte, acumulam-se vantagens para adoção das torres de concreto. “De fato existe tendência de adotar torre de concreto no Rio Grande do Norte. E existem vantagens logísticas”, afirma Jean Paul Prates, presidente do Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energias (Cerne).
#SAIBAMAIS#Hoje são necessárias oito carretas para transportar uma torre até o local onde será instalada. Com a nova tecnologia, esse número se reduz na metade. “O cálculo básico é de quatro carretas a menos por aerogerador instalado”. Além disso, as torres podem ser feitas no próprio terreno do parque, o que “evita transporte a longas distâncias, reduzindo o transtorno e o esforço logístico que um aerogerador exige para ser implantado”.
Outra vantagem diz respeito às intempéries. Salinidade, areia, ventos intensos, característicos do litoral, e que desgastam o material de aço ou metálico não prejudicam tanto o concreto, mais resistente. “Na maior parte do litoral você encontra grande mercado aberto em relação às torres de concreto”, estima.
A produção local de calcário, material base do concreto é uma vantagem “inigualável” para o RN. Em Baraúnas já se consolida um pólo de fabricação do material. “É muito interessante para as empresas saber que podem contar com mais fábricas de torre no local. Isso pode transformar o preço da matéria-prima (calcário) mais competitivo”, afirma Prates.
