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Falta de servidores gera demora

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O chefe do Setor de Perícia do INSS em Natal, Marcos Klemig, disse que a demora no atendimento dos trabalhadores pode chegar, em média, a 60 dias, dependendo do local da agência da previdência social. Em outros casos, como na APS de Ceará-Mirim, onde estão lotados dois médicos – a média é de oito dias.

“Já tivemos agendamento aqui de cinco dias, isso era uma meta há dois anos, o Rio Grande do Norte sempre foi um dos primeiros lugares do Brasil”, afirmou, que acrescentou: “Independente de greve, sempre existiu reagendamento das perícias médicas, mas isso só vai diminuir lá pra maio de 2016, porque não tem medico”.

Para superar o problema, ele explicou que existem prioridades no atendimento, como as pessoas que estão em hospitais ou internação domiciliar, para onde os médicos se deslocam pra fazer o atendimento: “Essa pessoa passa na frente de todo mundo, mesmo que tenha atendimento agendado para outra data, eu  mesmo tenho uma visita pra fazer em domicilio e três em hospitais”.

Klemig admitiu que existe dificuldades de atendimento na APS da Ribeira, na Zona Leste de Natal, onde dois médicos se aposentaram, e três aderiram à greve. Por isso, teve de remanejar um médico lotado em Santo Antonio, que atende na quinta-feira, e outro de João Câmara, que vem para atender na segunda e quinta-feira.

#SAIBAMAIS#“Esse rodízio começou em Natal e hoje é uma norma nacional”, continuou Klemig, que também desloca profissionais de Natal para atender, na quinta-feira, os moradores de Touros, no litoral ao sul de Natal. Ele confirmou, ainda, que em virtude da deficiência de pessoal, desloca os médicos de Ceará Mirim para fazer atendimento na APS do centro e também na Zona Norte da cidade.

Outra agência deficitária de recursos humanos é a da Avenida 9, em Nazaré, onde os dois médicos estão em greve e foi preciso deslocar profissionais de Nova Cruz para atender as pessoas.

Inicialmente, segundo ele, o trabalhador empregado ou autônomo que precise do auxílio-doença, por exemplo, é o mais prejudicado, porque precisa logo do dinheiro. No entanto, Klemig disse que a previdência sofre prejuízo financeiro, porque economiza agora, mas tem  de arcar com uma despesa mais adiante, que poderia ser feita imediatamente.

Ele conta que um trabalhador de carteira assinada tem o direito ao auxílio-doença a partir do 16º dia que comprovar a sua incapacidade, enquanto o autônomo tem direito já a partir do primeiro dia de inatividade profissional.

A dona de casa Neide Bezerra, 64 anos, paga a contribuição previdenciária como autônoma, fez uma cirurgia de catarata e desde agosto que aguarda a perícia médica para obter o auxílio-doença: “Eu escolhi a agência da Ribeira, porque era perto de casa”.

Moradora da rua Expedicionário José Varela, dona Neide Bezerra disse que vai chegar a sua aposentadoria por idade em janeiro, quando completa 65 anos, não consegue atendimento: “Disseram que não podia mudar de agência, se for pra fazer isso tenho de agendar de novo pelo 135”.

Dona Neide Bezerra disse que muita gente está voltando da agência da Ribeira, onde ela mesmo em setembro e outubro por conta da falta de médicos. “Agora só tem data pra dezembro ou janeiro”, lamentava-se.

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