Gabriela Freire – repórter
Dois dias, 50 shows, mais de 50 pessoas envolvidas diretamente com a produção, cobertura e documentação das atividades, uma média de duas centenas de músicos tocando em quatro casas, mais de 24 horas de música e muita atitude circulando na história Rua Chile, Ribeira. Esse é o saldo da nona edição do Festival DoSol. Uma edição que superou as expectativas e que, pela primeira vez, aconteceu simultaneamente ao Circuito Cultural Ribeira. O resultado? Um público estimado em 10 mil pessoas nos dois dias de evento, segundo a organização.
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O primeiro dia, sábado, começou tradicionalmente cedo. O sol ainda queimava e o calor não era pouco, mas não impediu que o público chegasse cedo para prestigiar a banda de abertura, a potiguar Far from Alaska. Cerca de 300 pessoas já estavam conferindo o som. A sequência de shows, intercalados a cada 30 minutos entre os palcos do Armazém Hall e DoSol Rock Bar. “O público do sábado circulou em torno de 2 mil. As pessoas chegaram cedo para ver os shows e isso é muito bacana. Isso dá uma injeção de ânimo na equipe que faz o evento, ânimo para continuar fazendo cada vez mais”, avalia Anderson Foca, criador do Festival DoSol. Ele se empolga ao fazer uma avaliação (semi) final do evento – já que nos dias 01 e 02 de dezembro o Festival DoSol prossegue em Caicó com 14 bandas. “Está sendo muito melhor do que eu esperava. Isso porque é difícil fazer o festival. É difícil de botar na rua. São muitos artistas, reloca muita gente, a equipe é muito grande. Estamos calculando que já reunimos uma média de 11 mil nas cidades, sem contar os drops em Goiânia e Recife. No domingo, por volta das 20h30 a rua estava totalmente lotada e todos os três palcos também estavam muito lotados, tivemos cerca de oito mil pessoas como público flutuante”.
A segunda noite de Festival DoSol é tradicionalmente a noite do rock mais pesado. É quando “os camisas pretas” saem de casa para curtir o estilo musical que possui fieis seguidores independente de mídia. No domingo, porém, foi diferente. Além do acesso gratuito, MPB, indie, outros estilos tiveram espaço. Tudo dentro da proposta de fusão do Festival com o Circuito Ribeira. Foi, digamos, o Circuito mais pesado e a noite de Festival mais eclética. A fusão, que aos olhos da organização é uma tendência natural dos eventos que ocorrem no centenário bairro, só veio para somar. “Faz parte do processo colaborativo que o festival vem vivendo. É natural que venha crescendo e se unindo a outros eventos e atrações do bairro”, afirma Foca. A proposta de controlar o acesso ao trecho onde acontecia o festival, com segurança e revista, foi positiva.
Uma Década
Em 2013 o DoSol completará 10 anos. “Vai ser incrível, mas a gente tem o que adiantar ainda porque tem muita coisa acontecendo. A gente queria repetir, no mínimo, o que fez esse ano, que superou todas as expectativas, nossa curadoria foi muito feliz e vamos continuar seguindo essa meta de várias casas .”
