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Financiamentos no RN crescem 32%

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O Banco do Nordeste (BNB) emprestou R$ 1,6 bilhão no Rio Grande do Norte em 2013, número que representa um crescimento de 32,2% nas contratações, no comparativo com 2012. Para este ano, a projeção da instituição é financiar R$ 1,8 bilhão – significaria um avanço de 12,5%. O balanço das operações realizadas em 2013 e a projeção para 2014 foram apresentados ontem.
O superintendente do BNB, Francisco Carlos Cavalcante, apresentou ontem o balanço de 2013
No ano passado, “o carro-chefe em termos de demanda foi o segmento de comércio e serviços, com 783 milhões, quase 50% de todos os recursos aplicados pelo Banco do Nordeste”, destacou o superintendente estadual do BNB, Francisco Carlos Cavalcanti.

Foram as indústrias, no entanto, que mais cresceram em financiamentos. Com R$ 380,5 milhões no ano passado, a variação para o setor foi de 72,17%, enquanto que comércio e serviços apresentaram um crescimento de 1,75%. Os financiamento da área rural atingiram o montante de R$ 220,5 milhões em 2013, o que no comparativo com 2012 representa aumento de 5%.

Durante a apresentação à imprensa, o superintendente falou sobre o problema da estiagem, que também foi sentido pelo banco. “A estiagem afeta a economia. Passamos por um problema de inadimplência por conta da estiagem”, admitiu.

Por outro lado, Chicão destacou o plano de expansão do BNB no estado. Há dois anos, o banco possuía 14 unidades, número que  chegou a 18 ontem, com a inauguração da agência de Macaíba, e deve aumentar em março, com a abertura de outras duas unidades.

“Inauguramos no mês passado as agências de Ceará-Mirim e outra em Natal, na Avenida Roberto Freire. Hoje [ontem] foi a de Macaíba. Na última quinta-feira, inauguramos a agência de Umarizal e no mês de março estaremos com 20 unidades, inaugurando as  agências de São Gonçalo e João Câmara”, disse.

Ainda com relação às novas agências, o superintendente do BNB disse que os municípios da Grande Natal já vinham apresentando uma “demanda latente”. “Acreditamos que o aeroporto em São Gonçalo do Amarante vai demandar investimentos com a instalação de várias empresas. É por isso que o banco está querendo chegar lá, para acompanhar essas demandas“, afirmou.

O Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), principal fonte de recursos operacionalizada exclusivamente pelo BNB, alcançou o patamar de R$ 799,4 milhões, sendo que 78,1% das contratações destinaram-se a empreendimentos localizados no semiárido potiguar, o que demonstra o apoio do banco à população desta região.

Selic
Ontem, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) elevou a taxa Selic para 10,75%. Questionado sobre o possível impacto da variação da taxa básica de juros nas operações, o superintendente do BNB disse que o foco do banco é em fomento, que tem taxas fixadas. Contudo, ele admitiu impacto junto aos empréstimos de capital de giro, que são tratados de maneira complementar pelo BNB.

“Nós sabemos que toda a vez que tem aumento da taxa básica de juros, em compensação, existe uma diminuição de demanda por investimento, então esse é o receio nosso. Havendo incremento na taxa básica de juros, isso pode resultar em falta de crença do empresário para fazer novos investimentos”, disse.

Bate-papo – Francisco C. Cavalcante

Superintendente do Banco do Nordeste (BNB)

O senhor falou durante a apresentação em bons resultados do banco na área de turismo. Qual a previsão para essas operações em 2014?
O resultado que o banco obteve na área este ano bateu todos os recordes. Quase 80 milhões foram investidos. O orçamento para 2014 é de R$ 105 milhões para a área turística e se precisar nós temos como tirar de outras áreas. No entanto, o turismo deve deixar um legado e nós já conversamos com entidades do setor para formalizar projetos que possam fazer com que haja modernização de hoteis, bares, restaurantes, para trazermos mais turistas para a cidade. Imaginamos que a Copa não será um evento estanque e deixará legado. Com ele virão novos investimentos e assim deveremos ter novas tomadas de financiamentos.

A Guararapes assinou contrato com 13 novas facções pelo Pró-Sertão e tem o objetivo de chegar a dezembro com um total de 50 facções. Como o BNB planeja a concessão de crédito neste ano para as facções do programa?

Acreditamos que o projeto vai envolver algo em torno de 360 empresas e que o financiamento médio para cada uma deva ser de R$ 100 mil, com um investimento total de 30 a 40 milhões de reais distribuído por três a quatro anos. Já existem 13 empresas e, dessas, já fomos procurados por 10, mas o banco estará aberto para apoiar qualquer empresa do segmento porque esse projeto surte efeito.

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