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Flipipa abre espaço para debates sobre o jornalismo

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Os traços de Newton Navarro dominam o cenário que emoldura os debates do Festival Literário da Pipa, que em 2012 chega a sua quarta edição com uma programação que ressalta e investiga os vestígios do Modernismo na produção literária brasileira. Apesar de pontuada por debates sobre o viés modernista na poética de Cascudo e de Carlos Drummond de Andrade, a primeira noite do Flipipa também abriu espaço para o jornalismo e a relação estreita entre realidade e ficção em obras como a recém-lançada “Sagrada Família”, de Zuenir Ventura, atração principal de ontem – ao lado do compositor, poeta e filósofo carioca Antônio Cícero, e a jornalista Joyce Pascowitch.
Joyce Pascowitch, Tácito Costa e Eliana Lima na abertura do Flipipa
A grande presença do público, que lotou a Tenda Literária e movimentou outros espaços onde aconteciam atividades paralelas à programação principal, confirma a consolidação do evento como importante elemento de transformação cultural da localidade – detalhe citado, inclusive, em recente reportagem da revista Época, onde o Flipipa figura ao lado de iniciativas como os festivais Literário de Paraty (RJ), (de Música) de Campos do Jordão (SP), de Cinema de Gramado (RS), de Dança de Cabo Frio (RJ) e mais outros 20 projetos espalhados pelo Brasil.

#saibamais#Na mesa capitaneada por Antônio Cícero e o potiguar Carlos Braga, que abordou a temática “Modernismo e modernidade em Carlos Drummond de Andrade”, a segunda da primeira noite, o público chegou mudo e saiu calado: Cícero desandou a falar, recitar e comentar o contexto histórico da obra de Drummond, e não deu chance para o compenetrado público participar do debate – o próprio Braga, que deveria conduzir o papo, deu apenas o ponta pé inicial. Com isso, apesar do interesse em torno do assunto, perdeu-se em interatividade e dinâmica.

Já o debate “Jornalismo, cultura e sociedade: nos bastidores da notícia”, com as jornalistas Joyce Pascowitch e Eliana Lima, tendo Tácito Costa como animador do papo, deu uma arejada na programação com uma conversa mais ágil. “O ponto de ruptura do colunismo social tradicional aconteceu quando as informações passaram a ter uma abordagem mais cultural”, observou Joyce, considerada uma das pioneiras no país desse novo perfil do colunismo. “Vejo as redes sociais como elemento colaborador”, disse, contrariando a opinião de Eliana Lima.

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