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FMI e indústria veem crescimento menor para o Brasil este ano

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Nova York e Brasília (AE) – O Fundo Monetário Internacional (FMI) e a Confederação Nacional da Indústria (CNI) reduziram ontem suas projeções para o crescimento da economia brasileira este ano apontando estimativas mais pessimistas que as do governo brasileiro.
A expectativa da CNI para o crescimento do PIB industrial também caiu: recuo de 1,7% para -0,5%
No caso do FMI, a expectativa é que o País cresça 1,3% em 2014 e 2% em 2015, menos do que o divulgado em abril no relatório “Perspectiva Econômica Global”, quando esperava expansão de 1,9% e 2,6%, respectivamente. Já a CNI reduziu a projeção de crescimento em 2014 de 1,8% para 1,0%.

#SAIBAMAIS#As projeções são menores do que a do governo brasileiro. Na terça-feira (22), o governo informou, no Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas, que revisou a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), este ano, de 2,5% para 1,8%. O PIB mede o ritmo da economia.

De acordo com relatório do FMI, o Brasi deve ter uma das menores taxas de expansão este ano entre os principais países emergentes, perdendo apenas para a Rússia. Desde meados de 2012 os economistas do Fundo vêm reduzindo as estimativas de PIB brasileiro a cada novo relatório de projeções. Este ano, o Brasil vai crescer menos que a economia mundial, que deve se expandir 3,4%.

O Brasil foi um dos países com o maior corte na projeção no documento divulgado ontem, perdendo novamente apenas para a Rússia, que viu a expectativa de crescimento baixar de 1,3% para 0,2% este ano, por conta da crise com a Ucrânia, que vem se agravando desde abril. Mesmo com a redução, o FMI está mais otimista com o Brasil que o mercado financeiro local. O último boletim Focus do Banco Central, que traz a média das projeções do mercado, sinaliza expansão de 0,97% para o PIB brasileiro este ano.

O relatório do FMI destaca que os brasileiros estão relutantes em gastar e os empresários cautelosos em investir. Para o Fundo, a baixa confiança dos consumidores e investidores é um dos fatores que explicam a fraca expansão do PIB do País, de acordo com o relatório.

Além do Brasil, o FMI reduziu as projeções de crescimento da América Latina e dos países emergentes, para este ano e no próximo. A expectativa agora é que os países latino-americanos cresçam 2% este ano, abaixo dos 2,5% estimados em abril. Em 2015, a expansão avança para 2,6%, também abaixo dos 2,9% previstos anteriormente.

Indústria
Já a Confederação Nacional da Indústria reduziu a expectativa de crescimento da economia brasileira e aumentou a previsão de inflação para 2014. A entidade, que esperava anteriormente um PIB da indústria de 1,7% diminuiu esta projeção para -0,5%. Quanto à expansão da economia brasileira,  revisou de 1,8% para 1,0% a projeção para este ano. Os dados foram divulgados ontem no Informe Conjuntural da entidade. O informe anterior havia sido divulgado em abril deste ano.

No relatório, a CNI destaca que o primeiro semestre deste ano se encerrou com uma “frustração” quanto ao desempenho da economia. “De fato, o indicador dessazonalizado do PIB industrial do segundo trimestre deve sofrer a quarta queda seguida”, aponta a CNI. As causas para o mau desempenho da indústria, de acordo com a instituição derivam “mais do ambiente doméstico que da economia mundial”.

Já a previsão para a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu de 6,4% para 6,6%, acima do teto da meta. “A inflação permanentemente elevada provoca o aumento dos juros e, consequentemente, a retração do crédito oriundo dos bancos privados. A menor liquidez conduz ao progressivo enfraquecimento tanto do consumo das famílias como do investimento das empresas”, aponta o informe da CNI.

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