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Fogo atinge loja vizinha ao cajueiro

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Uma das atrações turísticas do Rio Grande do Norte o cajueiro do Pirangi escapou, por pouco, de sofrer um desastre ambiental na noite de anteontem, devido a um incêndio numa loja de artesanato situada próximo à copa da árvore pelo lado da avenida Márcio Marinho, por onde é escoado o tráfego dos veículos que vêm das praias do litoral sul com destino a Natal.

As 37 lojinhas situadas numa área limítrofe ao cajueiro descerram suas portas por volta das 18 horas. O incêndio começou às 21:30, mas no local só estava umo segurança que presta serviço à Associação dos Moradores de Pirangi do Norte (Amopi).

O presidente Francisco Cardoso confirmou que o segurança conhecido como “Anselmo” tentou debelar o fogo com um extintor disponível para atender alguma demanda só na área de acesso ao próprio cajueiro.

Incêndio destruiu lojinha ao lado do cajueiro e só não foi mais grave porque algumas pessoas arrancaram parte das instalações elétricasA presidente da Associação dos Lojistas do Cajueiro, Maria da Conceição Dias Freire, admitiu que realmente existe uma falha dos proprietários de lojas, porque o Corpo do Bombeiros já alertou quanto a necessidade das lojas contarem com equipamentos contra incêndio, principalmente extintores. “Por acaso eu estava passando na hora, quando ia para o hospital”, disse ela, achando que “já era para também ter um hidrante” na área do Cajueiro do Pirangi.

Ela acrescentou que nas próximas reuniões da Assembléia vai colocar em pauta essa questão da prevenção contra incêndio, pois existes muitos quiosques que possuem freezer, geladeira e outros equipamentos elétricos, que precisam ficar ligados à noite: “Mas tem outras lojas que podem desligar os aparelhos”, acrescentou ela, a respeito de circuitos internos de TV, aparelhos de televisão e computadores, “que podem ficar desligados”.

Segundo ela, o Corpo de Bombeiros que esteve às 23 horas no local, deve emitir um laudo sobre o acidente, mas acredita que o incêndio pode ter sido provocado por um curto-circuito, aliado a uma sobrecarga de energia porque existem muitos equipamentos que ficam ligados durante à noite.

A dona da loja Rosemeire Alexandre dos Santos estava ontem de manhã, vendo o estrago causado pelo incêndio e confirmou que na sua loja foi instalado um circuito interno de TV, equipamento que necessita ficar ligado à noite: “As instalações elétricas eram novas, foi feita no ano passado”.

A dona da loja incendiada disse que muitas pessoas foram à sua casa chamar o seu marido. Devido o cansaço do dia-a-adia, só acordaram às 23 horas, quando  correram, mas “não havia mais nada a fazer” para evitar o acidente. Rosemeire dos Santos disse que seu marido, Vlamir Pereira de Lima,  só compreendeu a gravidade da situação na manhã de ontem, quando sofreu uma crise de pressão alta e teve de ser socorrido a um hospital.

“O prejuízo ficou entre R$ 50 mil e 60 mil”, estimou ela, afora os equipamentos eletrônicos que existiam na loja. Ela também confirmou que uma equipe do Corpo Bombeiros esteve local fazendo os primeiros levantamentos, enquanto aguardava, ontem de manhã, a chegada de uma equipe de peritos do Instituto Técnico e Científico de Polícia (Itep), até às 10h30 não havia chegado ao Cajueiro do Pirangi. “Estamos aqui há mais de 15 anos, agora é começar tudo de novo”, ressalvou a lojista.

O incêndio só não tomou maiores proporções, passando para duas lojas vizinhas e daípara o cajueiro, porque pessoas que acorreram ao local, segundo ela, arrancaram parte das instalações elétricas, inclusive o “medidor” e disjuntores de energia.

A corretora de imóveis Cláudia Santos atua como gerente num escritório localizado na área do cajueiro há 12 anos. Para ela, o perigo do fogo se alastrar é porque o cajueiro “está no fim do período de floração” e existem muitas folhas secas no chão, sob uma copa de 8.500 metros quadrados.

POLÊMICA – Ultimamente o cajueiro de Pirangi é alvo de muita polêmica, em virtude da copa ter invadido as duas artérias que ficam ao lado do cajueiro: as avenidas Márcio Marinho e São Sebastião.

Para resolver o problema e assim, desafogar o trânsito dos veículos que saem e vão para o litoral sul, chegou-se a sugerir a poda da árvore, tida como o “maior cajueiro do mundo” e, por isso, considera como uma das principais atrações turísticas do Estado, ao lado do Morro do Careca, em Ponta Negra, em Natal e o passeio de bugre nas dunas do litoral norte, como nas praias de Pitangui e Jenipabu.

A juíza 1ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Parnamirim, Ana Carolina Maranhão, indeferiu o pedido de poda feito por 21 proprietários de imóveis situados em torno do “maior cajueiro do mundo”.

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