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Foi vetado, mas…

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Refletores – Valério Andrade
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Graças ao apoio incondicional de Aguinaldo Silva, que numa rodada de pôquer imprevisível apostou todas as fichas em Alexandre Nero, este livrou-se do veto da Globo e tornou-se o novo imperador da novela das nove. Já havia sido testado e aprovado como coadjuvante, mas para um papel habitualmente reservado aos galãs (desde os tempos de Tarcísio Meira), a corporificação como o Comendador José Alfredo era uma incógnita.

Entretanto…
A diferença terminaria fazendo a diferença, e, a despeito das alterações físicas e da inexistência do perfil romantizado, Alexandre Nero conquistou os olhares femininos habitualmente direcionados a galãs charmosos como Antônio Fagundes.

O personagem
O ponto de partida para a aceitabilidade de Alexandre Nero seguramente foi o seu personagem. Grosseiro, egoísta, desagradável, José Alfredo é mais vilão do que herói. O lado sombrio de sua personalidade aflora nas ameaças e na agressividade verbal. No lar e perante os subordinados, personifica a tiranização do poder. Não é, consequentemente, um personagem simpático e, muito menos, digno de ser amado.

A interpretação
Com uma caracterização que propositalmente evitou o embelezamento físico, através de uma barba (feia) de pobre e uma cabeleira exageradamente volumosa, a imagem de José Alfredo é conflitante com a estética da beleza. Entretanto, além de adequada à personagem e a rusticidade pessoal e social de José Alfredo, contribui visualmente para o bom rendimento da atuação de Alexandre Nero. Outro aspecto igualmente significativo, este no plano da interpretação verbal, advém da qualidade dos diálogos, que, além de bons, são impactantes.

Com esses dois elementos, a caracterização física e os diálogos, Alexandre Nero esculpiu o pedestal da sua interpretação. Outro aspecto marcante do desempenho é o de ele haver se mantido coerente, isto é, jamais alterou o modo de representar. Embora numa novela qualquer desempenho torne-se repetitivo, o mérito de Alexandre Nero foi o de não ter submergido na areia movediça da repetição. Mesmo quando está calado, continua atuando com o olhar e permanecendo expressivamente presente, e, as vezes, também sendo – para o telespectador – o centro de atenção da cena.

Máscaras
Já foi usada como castigo (O Homem da Máscara de Ferro) e para ocultar a deformação física (O Fantasma da Ópera), mas no Velho Oeste era um simples lenço. A máscara sempre desperta curiosidade, e, nos rostos femininos, é acrescida do fascínio. Às vezes, é um enfeite, fazendo o rosto ser mais bonito do que é. Em outros rostos a máscara encobre, apenas parcialmente, a beleza que sabemos existir, mas que não é revelada na totalidade.

E o Carnaval torna ao alcance de nossos olhos o que era visto nos bailes de máscaras cinematográficos. Através do álbum social do carnaval deste ano, o olhar do espectador atento focou as máscaras de Lygia Godoy, Cláudia Ferreira de Souza, Carolina Maciel, Zuca Palhano, Silvana Vieira.

Agenda social
O casal de médicos Sérgio Marinho e Conceição estão comemorando o nascimento da primeira neta, Leila, filha da arquiteta Maria Fernanda Marinho e do oftalmologista Araken Brito. O colunista compartilha dessa alegria familiar.

Desfalque
Apresentadora de categoria nacional, que poderia figurar em condições de igualdade com as  telejornalistas do Rio ou São Paulo, Margot Ferreira saiu do ar na InterTV Cabugi – e  está fazendo falta.

Compensação
Se temos a cara de bruxa de desenho animado de Graça Foster, também temos uma joia brasileira: a bunda de Paolla Oliveira.

Vozes do povo
No plantão do Café São Luiz, sobre a possível volta de Rosalba ao palco político: “Deu a louca no PV”.

Pergunta
Agora, sem a chibata do poder na mão e sem sentir o sádico prazer de humilhar os subordinados, o homem mau continua dormindo bem?

Conversa de bar
Lula: “Se eu não tivesse entrado na campanha, Dilma não teria sido eleita”.
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Lula: “Dilma demorou demais para fazer com Graça Foster o que eu fiz de supetão com Zé Dirceu”.
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José Dirceu: “Tudo o que fiz na Casa Civil (alusão ao mensalão) tinha conhecimento do presidente Lula”.

Data
Há 120 anos, em 01 de fevereiro, na cidade de Portland, estado do Maine, EUA, nascia um dos gênios da Sétima Arte: John Ford. Um diretor que por ser um dos deuses do cinema pôde criar o próprio universo fílmico, cuja capital era o Velho Oeste – e John Wayne, o principal herói. Em 1973, um ano triste para os fordianos, ele foi convocado por São Pedro para filmar no Paraíso.

Volta
Gente que deixou de ir ao cinema pode ser vista na sessão de arte do Cinemark, que a despeito da falta de critério, acidentalmente, tem exibido títulos da época em que Hollywood produzia o melhor cinema do mundo. Foi para assistir Psicose e Rastros de Ódio, que José Bezerra Marinho retirou do baú a carteirinha de cineclubista e foi rever títulos que em Natal só eram vistos em DVD.

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