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Folclore celebrado nas cordas da viola

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Violas e repentes, aboio, cordel, artesanato e lançamento de livro estão na programação que encerra as comemorações alusivas ao Dia do Folclore nesta sexta-feira. O evento faz parte da Semana da Cultura Popular, iniciativa da Fundação Capitania das Artes, e movimenta o Museu de Cultura Popular Djalma Maranhão, na Ribeira, a partir das 15h entrando pela noite. O acesso é gratuito, e o ponto alto da festa será o Encontro de Violeiros, a partir das 19h, que reúne cinco duplas – entre os convidados Ivanildo Vilanova, 68, de Caruaru (PE), autor da música “Nordeste Independente” famosa na voz de Elba Ramalho. O pernambucano faz dupla com Raulino Silva.
Violas e repentes, aboio, cordel, artesanato e lançamento de livro estão na programação que encerra as comemorações alusivas ao Dia do Folclore, nesta sexta-feira
As outras quatro dobradinhas da noite são Antônio Lisboa e Edmilson Ferreira, Severino Dionísio e Edvaldo Zuzu, Pedro Bandeira e Zé Morais, Helânio Moreira e Felipe Pereira. “Está surgindo muita gente nova, com talento, uma turma atualizada, de universitários, que sabem tudo de internet”, disse Amâncio Sobrinho, 60, violeiro e repentista, principal articulador do Encontro que desta vez fará o aboio dando as boas vindas.

Para o caçula da turma Felipe Pereira, de 17 anos, “um bom repentista precisa saber um pouco de tudo para poder cantar”. Ele lembra que começou a criar suas rimas e versos há quase quatro anos, depois de assistiu um DVD da dupla Os Nonatos. “Pensei: consigo fazer isso também! Hoje muita coisa mudou, a afinação das violas, o vocabulário, e se antes o repentista cantava sobre o (tatu) peba, agora falamos de internet, das redes sociais”, disse Felipe, que sempre contou com incentivo da família. De origem sertaneja, ele diz que os temas tradicionais como sertão e seca, continuam em alta. “A linguagem é que está diferente, e isso desperta interesse para um novo público que não conhecia as cantorias”.

Para Amâncio Sobrinho, muita gente “diz que não gosta de cantoria antes mesmo de ouvir, como aquele povo que não gosta de um tipo de comida sem experimentar”.

O Dia do Folclore é celebrado no Brasil desde 1965, e o 22 de agosto foi escolhido por ter sido a data quando o termo foi utilizada pela primeira vez na Inglaterra, em 1846, a partir da junção das palavras “folk” (povo) e “lore” (conhecimento).

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