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Formiga imaginária de Guaraci Gabriel

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Yuno Silva
Repórter

A partir desta próxima segunda-feira, dia 11, lá para o final da tarde, coisa de 16h, uma instalação gigante irá tomar conta da Praça Augusto Severo. Mas mesmo se você não estiver enxergando, tenha certeza, ela está lá, e só vai ver quem estiver munido com um smartphone (ou tablet) com acesso à internet – basta apontar o equipamento para uma das quatro placas instaladas no local, com um tal de QR Code impresso, para conferir quatro ângulos da obra “A Fábula: a formiga só trabalha porque não sabe cantar” de Guaraci Gabriel.
Nova obra do artista plástico Guaraci Gabriel será uma instalação virtual projetada na Praça Augusto Severo
A proposta do artista potiguar é colocar a formiga de cinco toneladas, instalada às margens da BR 104 em Queimadas (PB), no caminho para Campina Grande, para andar. Inaugurada em março deste ano, a escultura de Guaraci já virou ponto turístico e é ‘garota propaganda’ da empresa Formigão Metais, e sua presença virtual em Natal servirá de teste para uma viagem mais longa: em setembro eles (criador e criatura) seguem para São Paulo, onde serão vistos no Memorial da América Latina e na 31ª Bienal de SP, que este ano propôs o tema “Como falar de coisas que não existem”.

O potiguar não está na mostra oficial, vai à Bienal como público e aproveita para apresentar a performance “O artista que não existe”. “Vou passar três dias por lá (na Bienal), parado como uma estátua, abraçando algo invisível. Quem apontar para o QR Code impresso nas costas da minha camisa vai me ver abraçando a perna da formiga dentro do pavilhão onde acontece as exposições da Bienal. A montagem já está pronta!”, revela.

O potiguar vai usar dois modelos de camisa, AM e PM, para manter a performance atualizada; e adianta que a formiga estará segurando uma placa onde se lê a célebre frase “penso, logo existo”, cunhada pelo filósofo e matemático francês René Descartes (1596-1650), sobre imagem de Leonardo da Vinci. “A formiga representa a sociedade civil organizada, que protesta, e nada impede de mudar a placa de acordo com o momento”.

Não há um prazo definido para a formiga de Guaraci Gabriel permanecer na Praça Augusto Severo, afinal o suporte é virtual e bastam os QR Codes para acessar (literalmente) a instalação. Já no Memorial da América Latina, “A Fábula: a formiga só trabalha porque não sabe cantar” fica no mínimo um mês. “As placas vão ficar lá no local, então esse período pode ser indeterminado”, disse o artista visual, que pretende levar sua obra para outros locais da capital paulista – espaços públicos e/ou centros culturais.

A presença de Guaraci no Memorial em São Paulo é como costumam chamar de ‘o pulo do gato’: “A partir dos contatos que tenho por lá, consegui acesso para apresentar minha performance na Bienal no dia fechado para a imprensa”, comemora. A 31ª Bienal de SP começa dia 6 de setembro e permanece em cartaz até dia 7 de dezembro. Para viabilizar sua empreitada na terra da garoa, o artista potiguar conta com apoio das empresas J. Patrício Metais, Recicla e Compal.

Atualmente está envolvido no projeto “Bicho do Mundo – Biografia não autorizada”, que funde artes visuais com audiovisual.

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