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Franklin é eleito um ano antes de assumir cargo

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Os vereadores da Câmara Municipal de Natal (CMN) elegeram ontem Franklin Capistrano (PSB) o próximo presidente do legislativo. Embora eleito em 2013, o parlamentar do PSB somente assumirá o comando da CMN em 2015. A antecipação do pleito foi o motivo para o acirramento de ânimos na sessão. De tudo um pouco se ouviu durante os exaltados debates:  “essa Casa não serve para nada”, bradou Amanda Gurgel (PSTU); “a Câmara marca hoje um dia triste, lamentável”, enfatizou Eleika Bezerra (PSDC); “que Franklin traga um clima de paz, estão fazendo deste legislativo um ringue”, ponderou Felipe Alves (PMDB). O alvoroço era tanto que a Lei Orgânica Anual (LOA) para 2014, ainda não apreciada, foi alçada a segundo plano.
Debates entre os parlamentares foram acirrados durante a votação e gerou protestos de alguns
Franklin Capistrano contou com o voto de 22 dos 29 parlamentares; dois deles optaram por se abster; cinco estiveram ausentes. Amanda Gurgel, Marcos Ferreira (PSOL), Eleika Bezerra (PSDC) e Sandro Pimentel (PSOL) assinaram um manifesto, onde explicaram por que deslegitimavam a eleição.  “Esta eleição é apenas para atender ao jogo eleitoral de 2014 e às preocupações econômicas e políticas dos diversos subgrupos de vereadores governistas”, destacaram.

Os petistas Hugo Manso e Fernando Lucena anunciaram a discordância com a antecipação do pleito.  E declararam que, por orientação partidária, não votariam favorável à chapa liderada por Franklin Capistrano. “Não tenho nada contra o vereador, ao contrário. Mas por uma questão de partido não votarei com ele”, frisou Lucena. Ele e Marcos Ferreira ingressaram com um pedido liminar na Justiça Estadual para que a sessão de ontem fosse anulada. Eles alegam, no documento, que para ocorrer a sessão especial que apreciou a eleição da Mesa Diretora era necessário convocá-la 24 horas antes do último expediente ordinário do ano.

“Estamos em uma sessão extraordinária, inclusive convocada por ato do próprio presidente. A última sessão ordinária ocorreu no dia 16”, argumentou Marcos Ferreira. O presidente da CMN, Albert Dickson (PROS) afirmou que o ato publicado no Diário Oficial foi tão somente para registrar que ocorreriam sessões ordinárias até que o processo de votação da LOA 2014 fosse concluído.  Até o fechamento desta edição a liminar não havia sido julgada.

Irritado com as declarações da vereadora do PSTU, Aroldo Alves (PSDB) se exaltou tanto na tribuna, que preocupou os colegas presentes. Maurício Gurgel ofereceu água para acalmar os ânimos. Com a voz nervosa, ele exclamou: “não vou levar para minha casa nenhum desaforo”, disse, irritado. Antes dos debates acalorados, o vereador Sandro Pimentel já dava o tom das discussões, ao responder Albert Dickson, que o acusou de faltar à sessão daquela manhã. “O senhor não tem moral para me falar em ausência. O senhor é dos que mais faltam aqui”. Albert pediu que constasse nos anais da casa para possível averiguação e penalidade.

PERFIL
O vereador Franklin Capistrano tem 69 anos e está na Câmara Municipal de Natal há quase 19 anos. Natural de Monteiro (PB), o médico psiquiatra milita na política desde 1958 quando passou a integrar o movimento estudantil do Colégio Atheneu. Capistrano tem atuação no meio cristão católico, onde participa da coordenação da Renovação Carismática. Ele mantém um trabalho de atendimento médico gratuito nas comunidades carentes da capital potiguar. E é membro das Comissões de Saúde, Assistência Social e  Defesa do Consumidor; do Parlamento Comum da Região Metropolitana de Natal; e de Ciência e Tecnologia.

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