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Fraudes superam os R$ 400 milhões

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Fábio Vale
do Jornal de Fato

Mossoró-RN – A Polícia Federal no Rio Grande do Norte, em conjunto com a Receita Federal do Brasil e Ministério Público Federal, deflagrou, na manhã de ontem (17), a “Operação Salt”, visando desmantelar suposta organização criminosa voltada à prática de crimes tributários e lavagem de dinheiro. O principal investigado é o empresário do ramo salineiro na região Oeste do Estado, Edvaldo Fagundes de Albuquerque.
Procurador da República, Víor Mariz; Rubens França (PF) e Wyllo Marques (RF) detalharam o esquema
Segundo a PF, a investigação, que durou aproximadamente seis meses, revelou que a organização criava empresas nos ramos da carcinicultura, tecelagem, salineiro, venda de veículos e combustível, encabeçadas pelos chamados “laranjas”, para o fim de sonegar tributos e promover a lavagem do dinheiro.

De acordo com a PF, a fraude imputada à atuação do grupo criminoso gira em torno de R$ 400 milhões, número que pode ser ultrapassado após a análise dos documentos apreendidos nas sedes das empresas e das pessoas físicas envolvidas. Participaram da operação, 88 policiais federais.

Ainda conforme a Polícia Federal, foram investigadas 37 empresas e cumpridos 21 mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça Federal de Mossoró/RN, nos estados do Rio Grande do Norte, Paraíba, Ceará e Pernambuco. O nome da Operação Salt, sal em inglês, se deve à atuação do principal investigado, que é empresário do ramo salineiro na região Oeste do Estado.

Durante a ação, foram apreendidos R$ 47 mil em dinheiro, joias, veículos de luxo, helicóptero, além de armas e muitos documentos, em resultado do cumprimento de 23 mandados de busca e apreensão nas empresas de Edvaldo Fagundes de Albuquerque nos estados do Rio Grande do Norte, Pernambuco, Paraíba e Ceará.

#SAIBAMAIS#Em Mossoró, foram apreendidos dois carros de luxo. Os outros quatro foram em outras cidades. O helicóptero foi recolhido em Natal. Na casa do empresário em Mossoró, os agentes não encontraram nada. Lá descobriram que ele havia se mudado para um apartamento, no Centro de Mossoró. Os agentes conseguiram uma ordem Judicial e estão revistando este imóvel também. Ainda em Mossoró, foram apreendidos os R$ 47 mil.

Em Grossos, foram apreendidos documentos e um rifle na casa de um dos suspeitos de ser o contador do empresário Edvaldo Fagundes. Na casa de uma pessoa apontada como “laranja” das empresas de Edvaldo, em Mossoró, foi apreendido um revólver calibre 38.

Segundo as informações repassadas em entrevista coletiva concedida pela PF, MPF e Receita Federal nessa terça-feira, 17, o débito do empresário Edvaldo Fagundes junto à União já ultrapassa a casa dos R$ 430 milhões.

O trabalho de investigação, que até o fechamento desta matéria (19h) ainda estava em andamento, teve à frente o procurador da república, Vitor Mariz, o delegado federal, Rubens França, da Delegacia de Combate ao Crime Organizado, e Wyllo Marques, delegado da Receita Federal em Mossoró/RN. Foram cumpridos 23 mandados de busca e apreensão em Mossoró, Catolé do Rocha, Grossos e Macau. Participaram da operação, 88 policiais federais e 26 agentes da Receita Federal.

Números

R$ 400 milhões é o montante aproximado da fraude, segundo cálculos da Polícia Federal e Receita Federal.
R$ 47 mil foi o valor, em dinheiro, apreendido nas empresas de Edvaldo Fagundes.
37 foi o número de empresas em nome de “laranjas”, investigadas durante seis meses.

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