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Funcarte dispensa texto de Clotilde para o Auto do Natal

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Michelle Ferret – Repórter

A saída de Cesar Revoredo da Fundação Capitania das Artes provocou mudanças tão rápidas quanto o ato de derreter manteiga na frigideira. Num passe de mágica, a dramaturga Clotilde Tavares – que há dois meses está debruçada no texto para o Auto do Natal 2009 – ficou sabendo pela imprensa de que não seria mais necessária ao espetáculo.

O seu texto será substituído pelo do jornalista e videomaker Edson Soares, que desengavetou um projeto dramático de 2006. Na tarde de segunda-feira, a diretora nascida na Paraíba e radicada no RN, ainda era a opção do secretário César Revoredo, que já havia anunciado à imprensa o nome da escritora, em entrevista divulgada na TRIBUNA DO NORTE do último sábado.

Até a manhã de ontem a escritora não havia sido comunicada. “Até agora não fui informada oficialmente. Ontem mesmo conversei com Moacir de Góes (diretor do Auto), contei que o texto estava andando e comentamos sobre os personagens, pois estamos construindo esse texto juntos. Se for verdade, sinceramente, não acho nada demais. O contrato ainda não está assinado e simplesmente eu paro de trabalhar”, disse Clotilde após ser informada da mudança pelo VIVER.

Quem confirma oficialmente a troca dos textos é o próprio Edson Soares, diretor do Núcleo de Novas Mídias da Funcarte. “Está confirmado sim. Recebi o comunicado de Rodrigues Neto de que meu texto estaria no Auto do Natal devido ao tempo curto que resta para o evento”, contou Edson.

Segundo ele, esses são os planos da Funcarte, e de Rodrigues Neto, vice-presidente da Funcarte – que assumiu interinamente a pasta  segunda-feira à tarde. O novo secretário, porém, não falou ao VIVER pois estava com o celular desligado até o fechamento desta reportagem. Edson Soares conta que seu texto existe desde 2006, quando foi apresentado para uma possível encenação no Auto de Natal de 2007, ocasião em que o autor trabalhou como assistente de direção de Lenício Queiroga. Videomaker e jornalista, ele dirigiu o curta-metragem “Caldeirão do Diabo”.  O novo autor  não soube informar como ficará a seleção para o elenco (atores e figurantes), que já está em andamento há várias semanas.

“Rodrigues me informou que como o processo de criação de um texto é longo e falta pouco tempo, resolveram aproveitar o que já tinham em mãos. O texto agradou a prefeita, por se tratar de família. Isso não significa dizer que o texto é melhor ou pior que o de Clotilde, mas é o tempo que não ajudou”, completou.

Clotilde Tavares explicou que o tempo, nesse caso, não entra em xeque, já que seu prazo final de entrega do trabalho seria dia 15 de novembro. “Na minha maneira de entender, como pessoa de teatro e com experiência em espetáculos grandiosos, o texto do auto de natal é diferente dos outros, por isso é fundamental que a encenação seja construída junto ao texto. E como o prazo é no dia 15 de novembro ele está em fase de conclusões”, contou.

Clotilde disse ter recebido com naturalidade o ocorrido. “É uma relação de trabalho, uma instituição me convida, acerta as coisas, dá andamento na parte burocrática. E se no meio do processo mudar o gestor e ele não quiser mais, para mim não tem nenhum problema. Vou me concentrar no lançamento virtual do meu livro e não tenho nenhum problema com poder público porque nunca precisei dele. É a mesma coisa de você telefonar para um restaurante pedindo o almoço e cancelar”, disse Clotilde em tom de ironia.

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