Everaldo Lopes [[email protected]]
Jamais deve dizer que “dessa água não beberei”, de autor desconhecido, mas que vem atravessando séculos. O assunto é trazido à tona depois da Copa e do sucesso que foram as 12 arenas para o Mundial 2014. Uma arena destinada para uma final de Copa do Mundo, palco de verdadeiros clássicos mundiais, como Brasil x Alemanha, Inglaterra x Itália, Alemanha x Argentina decidindo uma Copa, França x Holanda, mas também jogos sem grande expressão, como Grécia x Costa do Marfim. O democrático em tudo isso é que, passados poucos dias de uma das mais empolgantes e dramáticas Copa do Mundo de todos os tempos, o torcedor brasileiro pouco a pouco vai se readaptando ao trivial.
Da Copa (2)
É Natal, com sua belíssima Arena das Dunas, considerada pela presidente Dilma Rousseff como a mais bonita de todas, no Estadual/2015 poderá ter um ABC x Corinthians de Caicó, o clássico América x Alecrim, ABC x Baraúnas, ou no distante Rio de Janeiro o Maracanã abrindo seus portões para o jogo Flamengo x Friburguense. A Arena Corinthians o jogo São Paulo x União São João ou União Barbarense. Jogos cujo ingresso chegou a valer mais de mil reais durante a Copa, logo sendo vendidos a R$30,00 para o torcedor assistir um jogo comum Cruzeiro/MG enfrentando o frágil time do Vila Nova também mineiro. É a democracia com a bola rolando, agora sem padrão Fifa nem mais as imagens mostradas para o mundo.
Futuras atrações
De repente, a Copa do Brasil abre brechas para que o torcedor potiguar possa ver duas boas expressões do futebol carioca. Dia 6 de agosto, uma quarta-feira na Arena das Dunas, América x Fluminense e, três dias depois, em disputa da série “B” o jogo ABC x Vasco, dois jogos na Arena das Dunas, uma boa chance para o norte-rio-grandense ver, ao vivo, como andam esses times. Jogos pra lotar a Arena.
Dez sugestões
O Grupo Lance, que edita o diário do mesmo nome, está lançando campanha para debater com seus leitores as mudanças necessárias para o futebol brasileiro voltar a ser o que já foi. Confira os 10 pontos sugeridos ao debate: 1) Uma nova gestão, uma CBF mais democrática com ampla participação da sociedade e profissionalização. 2) Criação de mecanismos que assegurem a destinação dos recursos da CBF em benefício do futebol; 3) Criação pela CBF de condições para democratizar a prática e formar profissionais para evolução do futebol; 4) Mudança no calendário do futebol, com a adoção das temporadas com início no segundo semestre do ano, a exemplo da Europa. 5) Formação de uma Liga de clubes;
Dez sugestões (2)
Formação da Liga de Clubes; 6) Clubes que se transformarem em “Sociedades empresariais” terem regime e tratamento diferenciados; 7) Autonomia de atuação para os coordenadores técnicos e treinador da seleção brasileira atuarem em todas as categorias, desde a formação na base; 8) Segurança nos estádios, com cumprimento do Estatuto do Torcedor e combate à violência; Criação da profissão de árbitro, ampliação dos investimentos na formação desses profissionais e plena independência da comissão de arbitragem em relação à CBF. Além de a Justiça Desportiva, o STJD e os tribunais regionais passarem a ser um braço do Judiciário, e 10) Combate à pirataria.
Comemorações do verão
A diretoria do Alecrim FC está preparando agora em julho, dia 17, uma discreta comemoração pelos 50 anos do primeiro bi Estadual 63/64, conquistado ainda na época do “Juvenal Lamartine. A diretoria aproveita para também relembrar a conquista do primeiro título, obtido no ano de 1924, quando o futebol potiguar era rigorosamente amador, o “JL” não havia ainda sido construído. Ao todo, o Verdão conquistou cinco campeonatos, incluindo o de 1968, invicto.
Atividade limitada
Volta-se a comentar uma formação de árbitro profissional. Mas, como, se o árbitro obrigatoriamente tem de parar com o apito aos 45 anos? Depois de parar com o apito, vai apitar o quê?
