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Gastos com pagamentos de folha crescem 35% no RN

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Quando assumiu o Governo, em 2011, Rosalba Ciarlini se deparou com um quadro de 100 mil servidores, cuja folha de pessoal alcançava R$ 225 milhões. À época já se falava em “sufoco” orçamentário para cobrir os gastos com salários. Dois anos e oito meses se passaram e o cenário é o mesmo. Ou praticamente. Com um agravante: os principais auxiliares do Executivo já admitem dificuldades mês a mês para garantir o pagamento dos vencimentos dos funcionários públicos estaduais. Atualmente, o Rio Grande do Norte conta com 103 mil servidores e as despesas com as remunerações chegam a 305,2 milhões. Não precisa ser nenhum grande matemático para constatar que  pouco se contratou – aproximadamente três mil novos profissionais – e que muito se gastou – as despesas com a folha se elevaram no período em R$ 80,5 milhões. Os números são da Secretaria de Estado da Administração e dos Recursos Humanos (Searh), pasta responsável pelo gerenciamento da folha de pessoal.
Os reajustes foram concedidos em meio a greves deflagradas pelo funcionalismo público estadual
#SAIBAMAIS#O secretário de Planejamento e das Finanças (Seplan), Obery Rodrigues, não foi encontrado para falar sobre as implicações do crescimento da folha de pessoal. Mas em outras ocasiões, deixou claro que os valores são oriundos de reajustes salariais de categorias e o crescimento vegetativo da folha. Entre os setores, o que soma o maior impacto orçamentário é o da Secretaria de Educação. Com o advento do piso salarial dos professores, os gastos com o pagamento dos profissionais da área passaram de R$ 31,9 milhões para R$ 45,5 milhões. O crescimento da folha da Educação foi de 42,47%.

A pasta da Saúde, antes a mais robusta, perdeu a posição para a Educação. Atualmente, as despesas com os servidores da pasta são de R$ 42,6 milhões. Há dois anos, o total orçado era de R$ 37,8 milhões. Cresceu 12,75%. O Governo do Estado utiliza-se dos números que demonstram a elevação dos gastos com o pagamento dos salários para fazer frente às reivindicações e às greves.

Subordinados à Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social, a Polícia Civil e o Instituto Técnico-Científico de Polícia (Itep) detém juntos uma folha de R$ 13,1 milhões. Em 2011 o valor era de R$ 10,7 milhões. Cresceu 22,44%, mas nada comparado as conquistas da Polícia Militar. A folha que paga os salários dos PMs obteve um aumento de 51,73% – passou de R$ 28,5 milhões em janeiro de 2011 para R$ 43,3 milhões em julho de 2013. Ainda que os números mostrem avanços no que concerne às demandas salariais dos servidores públicos, as reivindicações continuam. Muitas categorias reclamam porque Planos de Cargos e Vencimentos aprovados desde 2010 ainda não foram implantados.

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