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Geólogos do SGB recomendam reforço estrutural

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Os profissionais do Serviço Geológico do Brasil (SGB) entregaram, na última terça-feira, dia 24, o relatório de análise sobre o desastre que afetou a área de Mãe Luiza. A TRIBUNA DO NORTE teve acesso ao documento onde há uma série de recomendações de reforço estrutural à gestão municipal. Segundo Tomaz Neto, as orientações foram acatadas e as intervenções necessárias para evitar novos problemas estão sendo efetivadas.

A área foi analisada por um grupo de quatro profissionais do SGB – órgão ligado ao Ministério de Minas e Energia (MME), também conhecido como Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM). Os geólogos chegaram à Natal na segunda-feira, dia 16 e, um dia depois, participaram de uma reunião com o prefeito Carlos Eduardo, secretários municipais e moradores da área afetada. A entrega do relatório é mais um episódio relacionado ao acidente que aconteceu há quase duas semanas.

#SAIBAMAIS#Após visitar a área atingida, o grupo se deslocou até Recife-PE onde produziu o relatório. Segundo os geólogos, o processo erosivo em Mãe Luíza foi ocasionado “pela convergência e concentração das águas pluviais captadas em toda a face frontal da duna, drenadas por gravidade e direcionadas por relevo para uma saída principal: a área do desastre”, informaram. Além disso, o CPRM disse ainda que “o processo foi definido como uma erosão violenta que causou o desmonte hidraúlico do material arenoso”.

Os geólogos esclarecem que “a impermeabilização de toda a área ocupada da duna, o gradiente da declividade e o subdimensionamento da drenagem são condicionantes importantes da ocorrência”. Em outro ponto do relatório, os estudiosos citam ainda que “a ausência de políticas públicas de controle urbano à época do início da ocupação da duna permitiu o crescimento da comunidade em Área de Proteção Permanente”.

Algumas recomendações do sgb
1 – Os dois prédios precisam ser avaliados por engenheiros geotécnicos/estruturais e, caso não tenha ocorrido nenhum dano no processo erosivo, poderão ser liberados para reocupação;
2 – Instalação, dentro do eixo de drenagem, de barreiras que sirvam de anteparo para fluxos de areia deixando, no entanto, as águas passarem livremente;
3 – Após limpeza e estruturação da área, a avenida Sílvio Pedroza poderá ser reaberta ao tráfego livre de veículos, entretanto, em dias de chuva forte, deve ser reforçado o monitoramento da região;
4 – As casas delimitadas no polígono e ainda não destruídas devem permanecer interditadas, porém, não devem ser demolidas de imediato, a não ser nos casos de risco instalado;
5 – Instalação urgente de um sistema provisório de drenagem no eixo principal do acidente;
6 – Interdição do tráfego de veículos pesados nas ruas que possuem adutoras da Caern sob o calçamento.

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