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Gergelim é alternativa para o semiárido

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A Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn) promoveu uma palestra sobre o cultivo e a situação atual do gergelim, com ênfase no Nordeste e o Rio Grande do Norte e, em especial, o semiárido. Foram abordados temas como sistema de produção do gergelim, genética, manejo cultural e tecnologias de alimentos.
Teor de óleo do gergelim torna o produto propício para uso nas indústrias alimentícias e química, também para produção de biodiesel
A palestra aconteceu no auditório da Emater/RN, tendo como expositora a pesquisadora da Embrapa Algodão, Nair Helena Castro Arriel. Inicialmente ela fez uma apresentação sobre a situação atual e perspectivas do cultivo do gergelim no mundo e no Brasil (área cultivada, produtividade, principais regiões produtoras) e os principais avanços tecnológicos da pesquisa realizada na Embrapa Algodão em parceria com organizações estaduais de pesquisa, como a Emparn, e empresas de assistência técnica.

Ao longo de mais de 25 anos essas instituições vêm conduzindo estudos técnico-científicos com essa oleaginosa nas áreas de melhoramento genético, manejo cultural, ecofisiologia e tecnologia de alimentos.

  Durante a exposição foram apresentadas várias tecnologias que foram geradas e/ou adaptadas para promover o fomento da cultura no Brasil, especialmente na região Nordeste e recentemente na região Centro Oeste, envolvendo cultivares, espaçamentos e configurações de plantio, consórcios, adubação, herbicidas, controle de pragas, máquinas simples para semeadura e desenvolvimento de receitas alternativas para confecção de produtos alimentícios.

Também foram abordados temas como o sistema de produção do gergelim em bases mais racionais de manejo, possibilitado a diversificação agrícola a partir da exploração de uma cultura com excelentes potencialidades econômicas, agronômicas e sociais, em decorrência de suas características de tolerância à seca. A pesquisadora falou ainda sobre a facilidade de manejo e obtenção de sementes com teores de óleo superior a 50%, de elevada estabilidade química, com aplicações nas indústrias alimentícias e óleo química, e potencialmente para a produção de energia, via biodiesel.

A pesquisadora Nair Ariel tem atuado na Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária desde 1987, possui doutorado pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, quando estudou a diversidade genética em gergelim, e é docente do Programa de Pós graduação em Ciências Agrárias (Agroecologia) da Universidade Federal da Paraíba. Coordena vários projetos na área de recursos genéticos, melhoramento de plantas e sistemas agroecológicos, trabalhando com a cultura do gergelim e de outras espécies como pinhão manso, amendoim, algodão e mamona, além de manter, paralelamente, uma extensa publicação científica sobre esses temas.

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