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Governador eleito avaliará projeto

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O secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico, Sílvio Torquato, assegurou que o governador eleito, Robinson Faria, irá receber um  projeto detalhado sobre a localização e viabilidade econômica de um novo porto no Rio Grande do Norte. “Nós devemos um bom porto. Um porto que possa, também, escoar nossa produção de minérios. Um porto novo tem que acontecer. Nós estamos deixando um  bom estudo de localização e viabilidade econômica pronto”, afirmou.

O ponto mais provável para a possível construção do novo terminal é em Porto do Mangue, na região salineira potiguar. A discussão em torno da necessidade deste empreendimento é antiga e diversos estudos já foram realizados para avaliação do local ideal e, também, da viabilidade econômico-financeira. Nunca se chegou, porém, a uma conclusão quanto ao modelo de financiamento e gestão.

Torquato amenizou o tom das críticas dos representantes do Setor Eólico e destacou que os maiores impeditivos para o crescimento dos negócios em solo potiguar foram solucionados. “Todas as pendências relacionadas às linhas de transmissão foram resolvidas. A Chesf chegou a culpar o Estado por causa das licenças ambientais para os linhões, mas comprovamos que quem descumpriu os prazos foi a própria Chesf”, argumentou.

#SAIBAMAIS#No que tange ao desempenho pífio do Rio Grande do Norte nos últimos leilões de energia eólica, o titular da Sedec reiterou que não há motivos para afirmar que os investimentos no estado diminuíram. “A Voltalia inaugurou um parque recentemente em Areia Branca que custou R$ 440 milhões. Outros empreendimentos estão previstos e a empresa vai investir para os próximos leilões”, garantiu. 

Além do novo porto, os empresários reclamam maior agilidade dos órgãos de fiscalização e emissão de licenças ambientais. Sílvio Torquato esclareceu que não é preciso ampliar o quadro funcional do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema), mas criar Secretarias Municipais de Meio Ambiente, no modelo que São Gonçalo do Amarante adotou à época da construção do Aeroporto Internacional Governados Aluízio Alves. Ele descartou, inclusive, a criação de uma Secretaria de Estado específica para o Setor Eólico.

“Não será necessária criação de nova secretaria para esse ou outro assunto. Dentro da Sedec, nós temos a Coordenadoria Energética, que poderá atender a demanda com tranquilidade”, defendeu o secretário.

Empresas do setor crescem via fusões e aquisições

Os leilões de energia não são os únicos fatores movimentado o setor eólico.  O setor também tem experimentado uma onda de fusões e aquisições, inclusive no Rio Grande do Norte. Em novembro, por exemplo, o Conselho de Administração da Companhia Paranaense de Energia (Copel) aprovou a aquisição de 100% dos projetos do Complexo Eólico Santos, pertencentes à Rodrigo Pedroso Energia (RPE Energia), localizados no estado. O valor do negócio não foi informado. O Complexo Eólico Santos é composto por 6 parques eólicos. A capacidade instalada dos 6 parques é de 134,4 MW.

O movimento de fusões e aquisições está se solidificando e contribuindo para a expansão da produção e lucro dos grupos envolvidos. No Rio Grande do Norte, a CPFL Renováveis, dona dos maiores parques eólicos em operação no estado e uma das maiores geradoras de energia eólica do país, se fundiu à Dobrevê Energia S.A..

Expansão

Das usinas que foram incorporadas na associação com a Dobrevê, a CPFL Renováveis passou a contar com mais sete parques eólicos em operação e outro em construção. Desde 2011, quando a companhia foi criada, a capacidade de geração de energia pela CPFL Renováveis triplicou. Maciça fatia deste resultado se deve aos processos de fusão e aquisição de parques eólicos já construídos por outras companhias. “A CPFL é uma empresa de grande porte no setor e a gente procura oportunidades de crescimento para agregar valor”, destacou o diretor de Novos Negócios da CPFL, Alessandro Gregori.

Além do Rio Grande do Norte, a CPFL Renováveis adquiriu parques e se fundiu à outras empresas no Ceará e no Rio Grande do Sul. As perspectivas para o ano vindouro em relação ao RN, no que tange à possibilidade de novas fusões, ainda não foram avaliadas. Entretanto, o diretor afirmou que o cenário do mercado é sempre avaliado para que nenhuma oportunidade seja desperdiçada. “Estamos sempre de olho em novas oportunidades, mas não temos nada fechado para 2015”, ponderou Alessandro Gregori. De 2011 até hoje, a empresa saiu dos 651,5 MW para 1.825,9 MW em geração de energia. Até 2018, a CPFL planeja chegar aos 2,1 gigawatts.

Conforme esclarecido por Elbia Melo, presidente executiva da ABEEólica, como o setor ainda está se consolidando, apesar dos grandes e milionários empreendimentos já instalados no país, a Associação não acompanha de perto a fusão e aquisição de parques. “É uma negociação natural. Estamos num momento de consolidação”, frisou Elbia Melo. Um levantamento da KPMG aponta que foram registradas ao menos 15 operações de fusões e aquisições entre companhias de energia este ano no Brasil. Os dados não detalham como está essa movimentação no RN.

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